Vida Esportiva
Atlético-MG e Palmeiras defendem gramado sintético em nota conjunta com outros clubes
Equipes da Série A do Brasileirão defenderam o uso deste recurso e reforçaram que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões
Após críticas do presidente do Flamengo ao gramado sintético, clubes da Série A do Brasileirão que utilizam a tecnologia divulgaram uma nota oficial conjunta na manhã desta quinta-feira. As equipes defenderam o uso do recurso e destacaram que não existe estudo científico conclusivo que relacione o gramado sintético ao aumento de lesões.
Atlético-MG, Palmeiras e Athletico publicaram a nota em suas redes sociais. Até o momento, Botafogo e Chapecoense, também citados no comunicado, não se manifestaram.
“Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada”, afirmaram os clubes em trecho da nota.
Na última terça-feira, o Flamengo apresentou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma proposta para melhoria e padronização dos gramados no país. Entre os pontos, o clube defende o fim dos campos sintéticos, cuja presença deve crescer no Campeonato Brasileiro a partir de 2026.
A proposta, intitulada “Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro”, reúne sugestões para elevar a qualidade dos campos, aprimorar a prática esportiva e aproximar o futebol nacional dos padrões internacionais.
Com o acesso de Athletico-PR (Arena da Baixada) e Chapecoense (Arena Condá), a elite nacional agora conta com 30% dos times mandando jogos em gramado artificial — índice inédito na competição. Além deles, Palmeiras (Allianz Parque), Botafogo (Nilton Santos) e Atlético-MG (Arena MRV) também utilizam o sistema.
Confira a íntegra da nota oficial:
“Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.
Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.
Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.
É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.
O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto.
Athletico Paranaense - Atlético - Botafogo - Chapecoense - Palmeiras”
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