Vida Esportiva
Copa do Mundo 2026: novo formato equilibra sorteio e amplia favoritismos, mas teste virá no mata-mata
Com poucos grupos fortes e 32 seleções classificadas, mata-mata pode demorar a esquentar
A Copa do Mundo de 2026 teve sua largada nesta sexta-feira, com o sorteio das 48 seleções (entre classificadas e vagas de repescagem) distribuídas em 12 grupos. Este será o primeiro mundial com esse número de equipes, realizado nos Estados Unidos, Canadá e México. O novo formato traz grupos mais equilibrados e menos 'grupos da morte', mas a real competitividade do mata-mata expandido ainda é incerta, ao menos em sua fase inicial.
Na prática, apenas o grupo I pode ser considerado um verdadeiro "grupo da morte", reunindo França, Senegal, Noruega e o segundo classificado da repescagem internacional. Outros grupos também se destacam pela força, como o F, com Holanda, Japão, Tunísia e um europeu da repescagem, e o L, que traz Inglaterra, Croácia, Gana e Panamá.
Com mais grupos, o novo modelo inclui uma fase extra de mata-mata antes das oitavas de final: os 16-avos. Assim, além dos dois primeiros colocados de cada grupo, os oito melhores terceiros avançam, o que pode beneficiar seleções que enfrentam adversários de níveis muito distintos. Isso abre espaço para que equipes de menor expressão cheguem aos 16-avos.
Esse é o grande teste para a Fifa neste novo formato: saber se o aumento de seleções tornará a Copa mais emocionante e competitiva, ou se o torneio ficará mais arrastado. Afinal, a inclusão de mais um jogo no mata-mata, em um calendário já sobrecarregado no futebol mundial, representa um desafio físico adicional em um torneio tradicionalmente curto e intenso.
Mesmo assim, já é possível apontar alguns favoritismos claros nos grupos definidos, desconsiderando as vagas em aberto da repescagem. No grupo C, por exemplo, é difícil imaginar o Brasil não avançando junto com Marrocos e Escócia, restando ao Haiti a condição de jogo decisivo para a classificação. Situação semelhante ocorre no grupo E, onde o modesto Curaçao pode ser o fiel da balança entre Alemanha, Costa do Marfim e Equador.
Os grupos G (Bélgica, Egito, Irã e Nova Zelândia), H (Espanha, Cabo Verde, Arábia Saudita e Uruguai) e J (Argentina, Argélia, Áustria e Jordânia) prometem partidas animadas. Com exceção dos argentinos, atuais campeões do mundo, e dos espanhóis, campeões da Europa, há espaço para surpresas, como já protagonizaram sauditas e argelinos em edições recentes.
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