Vida Esportiva
Brasil goleia Portugal por 5 a 0 e finaliza melhor temporada da era Arthur Elias
Seleção brasileira chegou à 10ª vitória em 15 jogos diante da torcida portuguesa em Aveiros
Precisou de apenas 58 segundos para que a seleção brasileira começasse a construir a 10ª vitória na última exibição do ano. A goleada de 5 a 0 sobre Portugal, nesta terça, fechou com chuva de gols a temporada mais bem-sucedida do Brasil sob o comando de Arthur Elias, no cargo desde agosto de 2023. Com gols de Gabi Zanotti — de volta à seleção após seis anos —, Ludmila, Dudinha, Isabela e Bia Zaneratto, a seleção apresentou credenciais para voltar a figurar entre as principais equipes do planeta. Tudo isso com a Copa do Mundo de 2027, que acontecerá no país, no horizonte.
Após a partida, Ludmila, que completou 31 anos na segunda-feira, falou sobre o desempenho da seleção no ano, e citou a derrota para a Noruega, na última sexta, por 3 a 1.
— Foi um jogo muito bom. O último jogo foi de aprendizado para a gente ver algumas coisas que, quando tem muita vitória, a gente esquece. A gente está em um caminho bom, esse ano foi maravilhoso com a seleção e espero que a gente siga assim.
A goleada serviu para finalizar o ano em grande estilo — e apagar o desempenho bastante abaixo da média na última partida. Portugal entrou em campo sem sua principal goleadora, Kika Nazareth, mas foi no setor defensivo que a equipe sofreu mais. Dudinha e Ludmila dominaram completamente o lado direito do campo, com a jovem jogadora cruzando na medida para Zanotti marcar o primeiro de cabeça, sem que o cronômetro da partida completasse o primeiro minuto.
Ainda na primeira etapa, Ludmila marcou o segundo em bela jogada individual e ainda teve passou para Dudinha marcar o terceiro e encaminhar a goleada. Na volta do intervalo, o ritmo do jogo até diminuiu, mas as brasileiras estavam determinadas a fazer valer cada jogada. Isabela Chagas marcou o quarto de cabeça após escanteio cobrado por Luany, e Bia Zaneratto fechou a festa, já nos acréscimos, com uma cobrança segura de pênalti.
Temporada vitoriosa
A expectativa agora é pela divulgação da nova atualização do ranking de seleções da Fifa — em abril, o Brasil chegou à quarta colocação, entrando no top-5 pela primeira vez desde 2011, mas caiu três colocações desde então —, que será divulgado no próximo dia 10. Além de Portugal, outras vítimas da seleção brasileira no período que contará pontos para a próxima lista incluem a Inglaterra, bicampeã da Euro em partida resiliente com uma a menos durante 70 minutos, e a Itália, semifinalista do torneio europeu.
Além de superar o time de Sarina Wiegman, o Brasil acumulou outras três vitórias sobre seleções dentro do top-10: em abril, venceu pela primeira vez os EUA, na casa das adversárias; derrotou duas vezes o Japão, por 3 a 1 e 2 a 1. No lado negativo, sofreu uma derrota para os EUA e outra para a França, de virada, após marcar duas vezes em 15 minutos. Já no duelo contra a Noruega, na última sexta, a seleção sofreu uma derrota que encerrou oito jogos de invencibilidade em um desempenho bastante abaixo da média.
Para chegar a esses resultados — 10 vitórias, dois empates e três derrotas, com 71,1% de aproveitamento —, Arthur Elias convocou 49 atletas nas seis chamadas do ano (a primeira, em fevereiro, foi para treinos na Granja Comary). A maioria (27) em atuação no futebol brasileiro, mas o treinador também se debruçou sobre as atletas que atuam nos EUA (10), Espanha (6), França (3), México e Portugal (2) além das ligas da Arábia Saudita e Inglaterra com uma representante cada.
A campanha de 2025 termina também com o primeiro título de Arthur Elias na seleção: após erguer 16 taças no Corinthians em sete anos, chegou à sua primeira medalha de ouro no novo trabalho em agosto, com a conquista da Copa América, sobre a Colômbia, em uma campanha invicta. E com direito a final de oito gols e disputa de pênaltis, na decisão mais acirrada há muitas edições.
O desempenho da equipe neste ano representa uma melhora em relação à última temporada: foram 20 jogos, com 70% de aproveitamento, e média de 2,1 gols marcados e 0,7 sofrido por partida. Neste ano, o gol de Bia Zaneratto sobre Portugal foi o 39º da seleção, chegando a uma média de 2,6 por jogo. Amanda Gutierres, artilheira da Copa América e indicada à Bola de Ouro, foi a artilheira do ano, com sete gols.
Kerolin, com seis, aparece na sequência, e Dudinha, que marcou uma vez a menos, completa o pódio: com apenas 20 anos, ela estreou na seleção brasileira neste ano e já se apresentou como uma das principais atacantes a brigar pela titularidade. Com cinco assistências cada uma, Angelina e Gio Gaberlini, de 25 e 22 anos, também são jogadores nascidas neste século que já tem moral alta na seleção.
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