Vida Esportiva

Juíza é destituída após participação em documentário não autorizado sobre morte de Maradona

Processo será retomado em 2026, após anulação do julgamento e suspeitas de envolvimento da magistrada em produção 'clandestina' sobre o caso

Agência O Globo - 18/11/2025
Juíza é destituída após participação em documentário não autorizado sobre morte de Maradona
Maradona - Foto: Reprodução

A Justiça argentina destituiu, nesta terça-feira, a juíza Julieta Makintach, acusada de envolvimento em um documentário clandestino sobre o julgamento da morte de Diego Maradona. Segundo o tribunal, durante as gravações, Makintach ainda integrava o júri responsável pelo caso.

De acordo com a decisão unânime, a magistrada cometeu abuso de autoridade e também enfrenta outras acusações. O escândalo resultou na anulação, em maio, do julgamento que buscava apurar a responsabilidade da equipe médica de Maradona em sua morte, ocorrida em 25 de novembro de 2020.

Um novo julgamento está marcado para começar em 17 de março de 2026, com um novo tribunal sorteado para conduzir o processo. O episódio também levou à renúncia dos outros dois magistrados que compunham a corte anterior.

Em decisão proferida no início de novembro, o tribunal de San Isidro convocou as partes para uma audiência preliminar, destinada ao tratamento e admissão das provas apresentadas.

Diego Maradona, campeão da Copa do Mundo de 1986 pela seleção argentina e ídolo de clubes como Boca Juniors, Napoli e Barcelona, morreu em decorrência de um edema pulmonar, enquanto recebia atendimento médico em casa após uma cirurgia neurológica realizada duas semanas antes.

No processo, oito membros da equipe médica do ex-jogador respondem por homicídio com dolo eventual, podendo pegar de 8 a 25 anos de prisão. Essa tipificação indica que os acusados tinham consciência de que suas ações poderiam resultar na morte do paciente.

Ao todo, sete profissionais serão julgados neste processo, enquanto uma enfermeira enfrentará julgamento por júri popular.