Vida Esportiva

Piloto australiano é acusado de estuprar enfermeira de Michael Schumacher em sua casa na Suíça

Crime teria ocorrido em 2019, após uma noite de bebedeira

Agência O Globo - 15/10/2025
Piloto australiano é acusado de estuprar enfermeira de Michael Schumacher em sua casa na Suíça
Michael Schumacher - Foto: Reprodução / Instagram

Um piloto australiano, próximo de Mick Schumacher, filho do heptacampeão mundial Michael Schumacher, foi acusado de estuprar uma das enfermeiras responsáveis pelos cuidados do ex-piloto em sua casa em Gland, na Suíça. O caso, que veio a público nesta quarta-feira, ocorreu no fim de 2019 e está sob investigação do Ministério Público local, segundo o jornal local 24heures.

Michael Schumacher:

Ferrari de 2001

A acusação, de uma página e meia, descreve um crime ocorrido dentro da residência da família Schumacher — local considerado simbólico por abrigar o ex-piloto desde o grave acidente de esqui sofrido em Méribel, em 2013. A vítima, uma enfermeira de cerca de 30 anos, fazia parte da equipe médica que presta atendimento contínuo ao ex-piloto na propriedade às margens do Lago Genebra.

O acusado, um cidadão australiano de quase 40 anos, é piloto de corridas e amigo próximo de Mick Schumacher. Segundo a promotoria, ele chegou a frequentar a casa da família para evitar viagens longas à Oceania durante competições europeias. Na época, ele tentava ascender na carreira automobilística, mas acabou sendo suspenso posteriormente por doping.

Na noite de 23 de novembro de 2019, após um dia de trabalho intenso, a vítima se juntou a colegas e ao piloto em uma sala de bilhar da casa. O grupo consumiu bebidas alcoólicas, e a enfermeira acabou passando mal, sendo levada para descansar em um quarto reservado a funcionários.

Segundo a acusação, o piloto e um fisioterapeuta ajudaram a colocá-la na cama, mas, algum tempo depois, o australiano teria retornado sozinho ao quarto e abusado sexualmente da mulher, que estava inconsciente.

No dia seguinte, a vítima acordou sem lembranças claras do ocorrido, mas encontrou indícios físicos e trocou mensagens com o acusado, confrontando-o. Ela só decidiu registrar a denúncia dois anos depois, em janeiro de 2022, após ter sido demitida pela família Schumacher. Nenhum membro da família estava presente no momento dos fatos, nem foi ouvido ou implicado na investigação.

O julgamento está marcado para esta quarta-feira, às 9h, mas pode ser adiado. O réu, que nega o crime e alega relação consensual, não tem dado sinais de vida há meses.