Vida e Saúde

Matcha supera capuccino e se torna a bebida viral de 2025

Levantamento do Google Trends revela crescimento constante do interesse pelo matcha desde 2020, com pico a partir de dezembro de 2024

Agência O Globo - 20/11/2025
Matcha supera capuccino e se torna a bebida viral de 2025
- Foto: Ilustração de IA

O matcha, chá verde de origem japonesa, conquistou o paladar e as redes sociais em 2025. A bebida de tom verde vibrante e espuma característica tornou-se presença constante tanto no mundo virtual quanto no dia a dia dos consumidores. De acordo com levantamento do Google Trends, o interesse pelo matcha aumentou de forma consistente nos últimos cinco anos, com um salto expressivo a partir de dezembro de 2024.

O Google Trends monitora a frequência de buscas por temas diversos, como bebidas, nomes ou programas, e classifica sua popularidade em uma escala de 0 a 100. O crescimento do matcha é notável: nas redes sociais, especialmente no TikTok, vídeos relacionados ao chá já ultrapassam 30 bilhões de visualizações.

No Reino Unido, o mercado de chá matcha movimentou 46 milhões de libras em 2024, e a expectativa é que alcance 74 milhões de libras até 2030, segundo pesquisa da Grand View Horizon.

Tradicionalmente japonês, feito a partir das folhas da planta Camellia sinensis, o matcha ganhou o mundo e virou tendência no Ocidente. No Brasil, o pó de sabor amargo e cor inconfundível já aparece em bebidas, fusões e até doces.

Além do sucesso comercial, o matcha tem despertado interesse científico. Estudos recentes, como um realizado no Japão, investigam os possíveis efeitos antidepressivos do chá. Os pesquisadores observaram que o consumo do matcha pode ativar circuitos neurais dopaminérgicos e melhorar quadros de depressão em camundongos, dependendo do estado mental prévio dos animais.

Outras pesquisas apontam que o chá também contribui para a melhora do humor e do desempenho mental, tanto em humanos quanto em animais. O aumento de dopamina, decorrente do consumo, pode estar relacionado à redução de sintomas de ansiedade e depressão, segundo os cientistas.