Vida e Saúde
Dançar é mais eficaz que cruzadinhas ou sudoku para prevenir demência, orienta referência mundial em longevidade
Peter Attia esteve no Brasil para palestra em São Paulo e falou ao GLOBO sobre práticas essenciais para o cérebro e a importância de uma dieta equilibrada
O especialista em envelhecimento saudável Peter Attia afirma que dedicar longos períodos a palavras cruzadas e jogos de sudoku não é a estratégia mais eficaz para promover a saúde cerebral e prevenir quadros futuros de demência e Alzheimer. Em vez desses “puzzles”, Attia recomenda integrar o uso da mente a exercícios corporais, potencializando a redução dos riscos dessas doenças.
Além disso, ele destaca que manter uma boa qualidade de sono e a pressão arterial em níveis adequados também exerce impacto positivo sobre a saúde do cérebro. O médico esteve no Brasil nesta quinta-feira (6), participando de uma palestra no evento HSM+ em São Paulo.
— A dança envolve mais padrões cerebrais. O objetivo, para a prevenção de doenças cognitivas, é manter o cérebro o mais engajado possível, e a melhor forma de engajar o cérebro é quando você combina movimento, planejamento e reação ao mesmo tempo. Quando você faz sudoku ou palavras cruzadas, está ativando uma área específica do cérebro. E, ao praticar, você se aprimora nessa tarefa. Não há nada de errado nisso, mas o foco deve ser em atividades multifacetadas, que exijam mais habilidades do corpo — explicou Attia ao GLOBO.
O especialista cita ainda outros exemplos de atividades físicas benéficas:
— Praticar esportes, especialmente esportes com raquete, é um ótimo exemplo de atividade que pode ser até mais vantajosa que correr. Correr, de certa forma, é repetir o mesmo movimento continuamente. Já no tênis, por exemplo, é preciso se movimentar constantemente, reagir à bola, decidir rapidamente para que lado ir. Por isso, vemos benefícios mentais mais expressivos em esportes complexos — acrescentou.
Peter Attia é graduado em medicina pela Universidade de Stanford e especializado em cirurgia pela renomada Johns Hopkins. Reconhecido internacionalmente, ele se tornou uma das principais vozes nas discussões sobre envelhecimento saudável. Seu livro “Outlive: a arte e a ciência de viver mais e melhor” (lançado no Brasil pela editora Intrínseca) figura entre os mais vendidos. O médico também comanda um podcast e uma newsletter sobre o tema.
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