Vida e Saúde
Ministério da Saúde lança campanha nacional contra arboviroses e alerta para risco em 30% dos municípios
Entre as estratégias, destaca-se o uso do método Wolbachia no combate ao Aedes aegypti
O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (3), a campanha nacional de combate às arboviroses intitulada “Não dê chance para dengue, zika e chikungunya”. A iniciativa prevê investimentos superiores a R$ 183,5 milhões para fortalecer o controle dessas doenças em todo o país.
Entre as principais estratégias, está o método Wolbachia, que consiste na introdução de uma bactéria — presente em cerca de 60% dos insetos — no mosquito Aedes aegypti. Essa técnica impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika e chikungunya no vetor. Recentemente, foi inaugurada em Curitiba (PR) a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, reforçando a capacidade de produção e distribuição do método.
De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), atualmente 30% dos municípios brasileiros estão em situação de alerta para dengue, chikungunya e zika. Os estados com maior incidência são Mato Grosso do Sul, Ceará e Tocantins.
O Ministério da Saúde também informou o registro de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue em 2024, o que representa uma redução de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior concentração de casos ocorre em São Paulo (55%), seguido por Minas Gerais (9,8%), Paraná (6,6%), Goiás (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,2%).
“A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A campanha busca mobilizar a população e os profissionais de saúde para eliminar criadouros e reforçar a responsabilidade coletiva no combate às arboviroses. O Dia D de prevenção, marcado para 8 de novembro, contará com ações de conscientização em todo o território nacional.
Paralelamente, a vacinação contra a dengue segue priorizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios considerados de maior risco para a doença.
Medidas de prevenção
Segundo o Ministério da Saúde, algumas ações simples são fundamentais para evitar a proliferação do Aedes aegypti e proteger contra dengue, zika e chikungunya:
• Uso de telas em janelas e aplicação de repelentes em áreas de transmissão reconhecida;
• Remoção de recipientes que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito;
• Vedação adequada de reservatórios e caixas d’água;
• Limpeza regular de calhas, lajes e ralos;
• Apoio e participação nas ações de prevenção e controle promovidas pelos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
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