Vida e Saúde
Dieta mediterrânea pode ser eficaz no combate à síndrome do intestino irritável, aponta estudo
A síndrome do intestino irritável (SII) afeta o sistema digestivo, causando cólicas estomacais, inchaço e diarreia.
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição crônica que afeta o sistema digestivo, provocando sintomas como cólicas estomacais, inchaço e diarreia. Apesar de persistente, a SII pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos.
Um novo estudo conduzido pela Universidade de Sheffield, em parceria com o Sheffield Teaching Hospitals NHS Foundation Trust, revelou que a dieta mediterrânea pode contribuir de forma significativa para o alívio dos sintomas da síndrome. Rica em frutas, verduras, leguminosas, grãos integrais, nozes, peixes e azeite de oliva, essa dieta é considerada pelos cientistas como um “primeiro passo simples, agradável e altamente eficaz” para lidar com a condição.
A pesquisa envolveu 139 pessoas diagnosticadas com SII. Destas, 68 aderiram à dieta mediterrânea por seis semanas, enquanto 71 seguiram orientações dietéticas tradicionais. Todos os participantes receberam sessões educativas online de 30 minutos sobre suas respectivas dietas, além de informações complementares por e-mail.
“Para milhões de pessoas em todo o mundo, os sintomas da SII podem afetar gravemente a vida diária”, destacou Imran Aziz, professor clínico sênior de gastroenterologia da Universidade de Sheffield.
Segundo Aziz, ajustes alimentares costumam ser a primeira linha de tratamento. Entre as recomendações estão: não pular refeições, aumentar o consumo de frutas e vegetais e reduzir a ingestão de alimentos gordurosos, picantes, processados, cafeína, refrigerantes e álcool.
Os resultados, publicados no Annals of Internal Medicine, mostraram que 62% dos participantes que seguiram a dieta mediterrânea tiveram melhora significativa nos sintomas, contra apenas 42% do grupo que seguiu recomendações tradicionais.
“Nosso estudo fornece fortes evidências de que a dieta mediterrânea pode ser um primeiro passo simples, agradável e altamente eficaz no controle dessa condição comum. Constatamos que ela não só é tão boa quanto as orientações tradicionais, como também se mostrou significativamente superior na redução dos sintomas”, afirmou Aziz.
O pesquisador espera que as descobertas possam contribuir para simplificar o atendimento de pacientes e profissionais de saúde, além de orientar futuras diretrizes para o tratamento da síndrome do intestino irritável.
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