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Decisão de Trump sobre USAID coloca Kiev em 'posição fraca', diz especialista
A cessação das hostilidades na Ucrânia revelou não ser tão fácil como parecia antes para o presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu pôr um fim ao conflito mesmo antes de assumir o cargo, disse à Sputnik o diretor do Instituto de Estudos Nucleares da Universidade Americana de Washington, Peter Kuznick.
Recentemente, a mídia relatou que Trump deu 100 dias ao seu enviado especial para a Ucrânia, Keith Kellogg, para alcançar um acordo no conflito ucraniano.
"Primeiro, Trump disse que acabaria com tudo em 24 horas. Agora seus assessores estão falando em seis meses. Portanto, não vai ser tão simples assim", disse Kuznick.
O professor norte-americano acredita que os ucranianos são inferiores em armamento e estratégia, enquanto seu ataque na região de Kursk foi um "grande erro".
Além disso, a suspensão das operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) colocou o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky, que fala constantemente sobre negociar com a Rússia em uma "posição forte", ao invés, em uma "posição fraca".
As duas partes terão que ceder algo
Kellogg, em uma recente entrevista para o jornal New York Post, disse que toda a administração Trump está trabalhando para alcançar a paz na Ucrânia.
Ele afirmou que tanto Kiev quanto Moscou vão ter que fazer concessões para acabar com o conflito, cujo nível de violência é semelhante ao da Segunda Guerra Mundial.
"Sinceramente, ambos os lados em qualquer negociação têm que ceder; é assim que acontece nas negociações. [...] Será que vai agradar a todos? Não. Será aceitável para todos? Não. Mas você tenta manter esse equilíbrio", afirmou Kellogg.
O enviado especial de Trump para a Ucrânia também criticou a abordagem da administração do ex-presidente Joe Biden na questão.
"Isso não é uma estratégia, é um adesivo de para-choque."
Ao mesmo tempo, ele descreveu o presidente Trump como um mestre em fazer acordos.
Por Sputinik Brasil
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