Pela segunda vez em 22 edições, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) recebe a Casa da Favela, de 9 a 13 deste mês. Criada pela Agência de Notícias das Favelas (ANF), a iniciativa reúne representantes da literatura, cultura, arte e pesquisa das periferias do país. A programação – gratuita e aberta ao público – abre espaço para coletivos, escritores, pensadores e artistas.

Este ano, um dos destaques da Casa da Favela é a participação de Pedro Cardoso, que lerá trechos do romance “Viela ensanguentada”, de Wesley Barbosa, no primeiro dia do evento, às 18h. Em seguida, ator e escritor participarão de um bate-papo.

Para o jornalista André Fernandes, criador da ANF, a Casa da Favela é a realização do sonho de dar voz às periferias na maior festa literária do Brasil.

- É um lugar de encontros, de construção de pontes, ideias e projetos. Existe uma cultura muito latente nas favelas, que por diversas vezes é desprezada. A Casa da Favela lança luz sobre o pensamento dessas pessoas fundamentais para nossa sociedade.

A Voz da Favela na Flip

Produzido pela ANF, o jornal A Voz da Favela vai circular durante todos os dias da Flip. A publicação, que já completou 14 anos, não tem um preço determinado, o interessado paga quanto pode e acha justo.

O valor arrecadado fica integralmente com os distribuidores, moradores das periferias da região. A edição especial para a festa literária terá tiragem de 20 mil exemplares.