Lagos, neve e até elefante cor-de-rosa parecem ter saído do filme da Barbie, que estreia nesta quinta-feira. Estes casos, no entanto, são fenômenos naturais. Só na Austrália, por exemplo, há ao menos seis lagos que chamam a atenção e parecem fazer parte do cenário.

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Desses, o mais famoso é o Lago Hillier, em Middle Island, uma ilha ao oeste do país. Além dele, há lagos cor-de-rosa em países como o Azerbaijão, Bolívia, Canadá, Espanha, Estados Unidos, México e Senegal. Em alguns casos, a cor é definitiva. Já em outros, a tonalidade aparece apenas em algumas épocas do ano.

Este fenômeno ocorre pela presença de organismos unicelulares que vivem em locais com muito sal, e que possuem pigmentos nas células. Ao "Ecoa Uol", a professora Ana Lúcia Brandimarte explicou que "um desses pigmentos é o betacaroteno, que fornece proteção contra a radiação ultravioleta e pode ter tons de laranja, vermelho e rosa".

— Bactérias e outros microrganismos que possuem pigmentos similares, e que podem ocorrer conjuntamente ou não com a alga, também contribuem para o fenômeno — disse a professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo ao "Ecoa Uol".

Elefante rosa

Pode parecer um personagem de desenho animado, mas o elefante rosa é real — e quem testemunhou a existência de um deles foi o guia florestal Jaco Joubert, da Reserva Mala Mala, na África do Sul. Em abril, ele viu o filhote, que se destacava do restante da manada.

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A coloração diferente do elefante ocorre devido a uma condição chamada "leucismo", uma mutação genética que causa a perda de pigmentação da pele, cabelo ou penas de um animal. É, em outras palavras, algo semelhante ao que ocorre no albinismo.

Sem a pigmentação, a pele do bebê elefante ficou mais translúcida, e os vasos sanguíneos e capilares sob a pele receberam destaque. A condição é rara e não é prejudicial ao animal. Como afirmou Joubert à imprensa local, o animal "parecia estar se adaptando muito bem ao resto da manada" e chegou a "entrar no rio para brincar e se refrescar".

Neve cor-de-rosa

O fenômeno da neve cor-de-rosa não é novo, mas tem se intensificado nos últimos anos nos Alpes Franceses. Basta o verão se aproximar para que a imensidão branca ganhe colorações que vão do vermelho, passam pelo laranja e chegam ao rosa. Isso ocorre pelas algas, que mudam de aspecto para se protegerem de raios ultravioletas.

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Segundo especialistas, a proliferação das algas ocorre naturalmente — a primeira observação escrita deste fenômeno, por exemplo, veio de Aristóteles. No entanto, eles alertam que fatores gerados pelo homem podem piorar as "explosões" de algas e torná-las mais frequentes.

Clima extremo, temperaturas excepcionalmente quentes e influxos de nutrientes de escoamento agrícola são algumas das razões, além do esgoto, que desempenha um grande papel na proliferação de algas marinhas e de água doce.