Variedades
Um Belo filme dos Taviani, resistente às Polêmicas

Em 1977, os irmãos Taviani já possuíam uma carreira de mais de dez anos no cinema político quando ganharam a Palma de Ouro por Pai Patrão. Por melhor que seja o filme – atração desta segunda, 13, no Cineclube do Arte 1, às 23 h -, o prêmio foi contestado. Um Dia Muito Especial, de Ettore Scola, também concorria, e não levou nada. Roberto Rossellini presidia o júri, e vinha defendendo que o futuro do cinema era a parceria com a TV. Os Taviani eram produzidos pela RAI. Sobraram críticas ao ‘jeitinho’ italiano.
Do júri participavam Pauline Kael, Marte Keller e Jacques Démy. É pouco provável que tenham aceitado qualquer apadrinhada. E o filme é um marco. Baseia-se no livro de Gavino Ledda, em que ele conta como, de um pastor analfabeto na Sardenha, tornou-se um grande conhecedor/estudioso da língua italiana.
Para isso, teve de vencer a resistência do pai patrão, que queria que ele permanecesse ignorante e submisso. O próprio Ledda legitima a abordagem dos Taviani, entrando em cena para entregar ao ator Omero Antonutti o bastão com que o pai castiga o filho no começo. Na sequência viriam A Noite de São Lourenço, Kaos, César Deve Morrer. Polêmicas à parte sobre a Palma, o filme os Taviani são grandes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Luiz Carlos Merten
Copyright © 2020 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1COMUNICAÇÃO
TV Asa Branca corta contratos e congela novos projetos após disputa judicial com TV Gazeta
-
2ARAPIRACA
Prefeitura recupera vias nos bairros Guaribas e Verdes Campos em Arapiraca
-
3CRIME
Duas prisões por crimes de pedofilia chocam Palmeira dos Índios
-
4FUTEBOL
CRB expulsa sócio-torcedor por fraude e agressão a funcionária grávida no Rei Pelé
-
5MACEIÓ
Rui Palmeira denuncia que aplicação do Banco Master foi feita com consultoria investigada pela PF