Nesta última semana, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em Alagoas (Senai/AL) e o Sindicato da Indústria do Vestuário de Alagoas (Sindivest) iniciaram a entrega dos insumos que estão sendo utilizados por empresas e associações de costureiras do estado para a confecção de máscaras de proteção contra o novo Coronavírus. A entrega dos materiais aconteceu na unidade Poço do Senai/AL, que fica localizada na Rua Pedro Américo.

As empresas e associações de costureiras estão recebendo tecido TNT, elástico, linha e fio. Os insumos foram doados pelo Sebrae/AL e depois cortados e organizados em lotes pelo Senai/AL. Após a distribuição dos materiais, que está acontecendo através da articulação do Sindivest, algumas empresas de confecção já iniciaram a produção das máscaras de proteção a serem utilizadas para conter a proliferação da Covid-19.

Ao todo, 24 empresas e associações de costureiras de Alagoas estão sendo beneficiadas com a parceria. A empresária Manu Mortari trabalha com a confecção de peças de moda feminina. Segundo ela, além de contribuir com a geração de renda, a iniciativa vai ajudar o negócio a atravessar a crise.

“A compra de insumos está difícil porque todo mundo está querendo produzir máscaras para vender e, por isso, esses materiais estão cada vez mais escassos. Além disso, estamos com receio de tirar do capital de giro para poder investir, nesse momento de incertezas. Então, com o apoio das instituições, que compraram, padronizaram e estão distribuindo os insumos, já é possível investir o capital que eu tenho em outras coisas”, contou.

“Desde que começou a pandemia, estou sem funcionários trabalhando no ateliê comigo, mas, agora, eu já posso chamar alguém para me ajudar. Como essa situação tem muita gente sem emprego, já é uma possibilidade, pois todo mundo está passando por aperto”, complementou.

A articulação entre as instituições garantirá a confecção de 119 mil máscaras de proteção. 40% das máscaras produzidas serão comercializadas pelas empresas e associações de costureiras responsáveis pela produção, 35% retornarão para o Sebrae/AL e 25% para o Senai/AL.

A empresária Manu Mortari ressalta que, neste momento de crise, a solidariedade também está motivando a produção das máscaras. “Como parte dessa produção voltará para as instituições para que elas façam doações, a minha empresa também está ajudando a quem está precisando. Então, de certa forma, eu consigo gerar renda para mim e para as pessoas que vão me ajudar na confecção e ajudar outras pessoas que estão precisando desse tipo de material”, destaca a empresária.

O gerente da Unidade de Indústria do Sebrae em Alagoas, Everaldo Figueiredo, explica que a distribuição dos insumos acontecerá paulatinamente. “As empresas e associações de costureiras, que têm capacidade produtiva e que estão funcionando neste período de quarentena, virão ao Senai/Poço, de forma escalonada, para que não haja aglomeração e possam receber os insumos. A gente espera que as máscaras já estejam entregues dentro de um período de uma semana”, explica o gerente.

Everaldo Figueiredo reforça que o atual momento é delicado para as empresas do segmento, já que, além da falta de recurso para a compra de insumos, há a escassez de materiais no mercado. “A máscara de proteção é um item difícil de achar no mercado. Nesse momento, muitas prefeituras e o próprio governo do Estado estão querendo comprar esse produto. Além disso, a máscara que estamos confeccionando é feita com tecido TNT, já aprovado pela Anvisa”.

Ainda segundo o gerente, após a fase de confecção, o Sebrae em Alagoas deve doar a maior parte das máscaras recebidas. “Vamos destinar uma parte para funcionários e terceirizados, e uma outra parte será para doação a entidades que ainda serão definidas”, informou.

De acordo com o presidente do Sindivest, Chico Acioli, neste momento de instabilidade econômica, todo apoio é bem-vindo para que as empresas e trabalhadores do segmento do vestuário atravessem a crise da melhor forma possível.

“Nós pensamos nesse projeto para levar renda para as costureiras. A gente sabe que muitos municípios são carentes e que seria muito difícil para algumas empresas e associações de costureiras conseguir esses insumos. Agora, elas precisaram se reinventar porque anteriormente não se trabalhava com a confecção de EPI. Precisamos dizer que elas estão participando de um ato nobre, já que parte da produção será doada para comunidades e instituições carentes”, destacou.

Sebrae com Atendimento Remoto

O Sebrae em Alagoas, neste momento de isolamento social devido ao Coronavírus, acompanha e atende os empresários da pequena empresa a distância. A equipe do Sebrae está mobilizada para atender as demandas dos empresários, além disso, pode contar com a estrutura de cursos online e gratuito do portal EAD Sebrae com mais de 100 opções de cursos. Acesse o portal no endereço https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline