RJ em Foco
Vídeo de mulher colocando jabuti em balanço de parquinho em Copacabana divide opiniões
Bióloga alerta para risco de estresse e possível queda do animal durante a brincadeira
Uma cena registrada em um parquinho público de Copacabana, na Zona Sul do Rio, gerou controvérsia nas redes sociais. No vídeo, uma mulher coloca um jabuti em um balanço infantil e empurra o brinquedo, enquanto uma menina brinca próxima ao local. Após alguns minutos, o animal é colocado de volta ao chão e segue caminhando.
A gravação, feita por um DJ na Praça Serzedelo Correa e publicada em suas redes sociais, rapidamente viralizou, ultrapassando 182 mil visualizações, 14,5 mil curtidas e centenas de comentários até a manhã desta quinta-feira. Na legenda, o autor escreveu: "Isso é Copacabana, meus amores. Não tentem entender! Aqui é especial!".
O episódio dividiu opiniões. Enquanto alguns internautas consideraram a situação inofensiva ou até engraçada, outros enxergaram maus-tratos ao animal. "Maus-tratos acontecendo e as pessoas naturalizando o absurdo. Animal silvestre sendo exposto a estresse e desconforto por pessoa desinformada, além da negligência de quem normaliza tratar o bicho como se fosse um humano", criticou uma usuária. Outra questionou: "Será que ela imagina mesmo que a tartaruga está curtindo?".
Por outro lado, houve quem defendesse a atitude da mulher. "Ela deve ser feliz assim! E acredito que o animal também esteja bem", comentou uma internauta. Outra questionou: "Maus-tratos por quê?".
Para a bióloga Cecília Bueno, doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora titular do mestrado em Ciência do Meio Ambiente, Biologia e Engenharia Ambiental da Veiga de Almeida, o jabuti foi exposto ao estresse e corria risco de cair. "Não é um animal como cão, que brinca com o responsável. Certamente, neste caso, foi exposto ao estresse", avaliou.
A especialista explicou ainda que o jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) pode ser criado legalmente como pet no Brasil, desde que adquirido de criadouros autorizados por órgãos ambientais, como o Ibama ou o Inea, no caso do Rio. Segundo ela, esses animais vivem por muitos anos e, por isso, acabam frequentemente sendo devolvidos ou abandonados.
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