RJ em Foco
Rede de influenciadores suspeita de incentivar 'pegas' no Rio é alvo de operação
Grupo utilizava redes sociais para promover manobras perigosas em vias movimentadas da cidade
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou, nesta segunda-feira, uma operação contra uma rede de influenciadores suspeitos de incentivar 'pegas' e 'graus' — manobras como empinar motos e bicicletas no trânsito — nas ruas do Rio de Janeiro. Agentes cumprem mandados de busca e apreensão em endereços nas zonas Norte e Sudoeste da capital, além da Baixada Fluminense.
Durante a ação, policiais apreenderam carros de luxo, motocicletas e quadriciclos. Até as 8h, quatro suspeitos haviam sido presos em flagrante.
— Quando examinamos celulares, verificamos que havia exploração de jogos ilícitos — explicou o delegado Luiz Lima, titular da DRCI, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, informando que o grupo já movimentou milhões de reais.
Um dos investigados, alvo da operação batizada de Zero Grau, é um homem que, em janeiro deste ano, atravessou a Ponte Rio-Niterói com uma moto aquática adulterada. As imagens foram divulgadas pelo próprio condutor nas redes sociais, onde o veículo foi apelidado de "motojet".
As investigações tiveram início após a circulação de vídeos nas redes sociais mostrando os suspeitos realizando 'pegas' e outras condutas de alto risco em vias movimentadas. Segundo a polícia, os influenciadores utilizavam essas exibições para autopromoção, obtenção de lucro e ganho de notoriedade na internet.
O inquérito aponta que o grupo de criadores de conteúdo formou uma rede organizada de perfis digitais, promovendo práticas ilícitas de trânsito e outros delitos, como adulteração de sinal identificador de veículo, receptação e apologia ao crime. A investigação identificou ainda um padrão coordenado de atuação, com postagens sincronizadas, uso de hashtags idênticas e aparições conjuntas. O grupo é suspeito também de divulgar e participar de eventos clandestinos com ostentação de motocicletas e veículos de alto valor.
Nesta fase da operação, as equipes buscam interromper a continuidade dos crimes e impedir a promoção de práticas criminosas como forma de entretenimento digital. Além disso, os agentes procuram telefones e outros eletrônicos para reunir novas provas, identificar outros envolvidos e localizar veículos e bens utilizados nas infrações.
Os influenciadores são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de meios de transporte, adulteração de sinal identificador de veículo, incitação ao crime e associação criminosa.
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