RJ em Foco
Trem do Samba completa 30 anos neste sábado com música em todos os vagões entre a Central do Brasil e Oswaldo Cruz
Além da festa no trajeto, dentro do trem, artistas se apresentar noite adentro em três palcos montados no bairro da Zona Norte
É hoje. A trigésima viagem do Trem do Samba vai sair da Central do Brasil em direção a Oswaldo Cruz às 18h04. A hora quebrada tem razão de ser: referência ao horario em que Paulo da Portela e seus companheiros bambas faziam o trajeto de volta do trabalho. Esse primeiro trem é só para convidados. A partir de 18h24, é só trocar um quilo de alimento não perecível pela passagem. Os horários seguintes são 18h44, 19h04 e 19h44. Todos os vagões têm roda de samba. A bordo, sambistas levarão junto a tradição do ritmo nascido no terreiro da casa da Tia Ciata, na Praça Onze. No destino, artistas como Leci Brandão, Roberta Sá, Dudu Nobre, Dorina e a Velha Guarda da Portela. vão se revezar em três palcos montados no bairro da Zona Norte carioca.
A festa começa antes da hora do trem sair da estação. O esquenta acontecerá em um palco montado na Central do Brasil, onde se apresentam Marquinhos de Oswaldo Cruz, as velhas guardas de Mangueira, Salgueiro, Império Serrano e Vila Isabel e sambistas como Makley Matos, Gisa Nogueira, Didu Nogueira, Osmar do Breque, Ernesto Pires e Marquinhos Sathan, entre outros.
O projeto inspirado nas viagens de trem de Paulo da Portela — fundador da escola azul e branca, que, no início do século XX, se reunia com outros sambistas nos vagões — foi mais longe do que poderia prever seu idealizador, Marquinhos de Oswaldo Cruz. Tudo começou timidamente com um número pequeno de passageiros. Hoje, mobiliza um público estimado em mais de cem mil pessoas. Esse número inclui não só os que fazem a viagem de trem, onde a batucada rola solta nos vagões, mas também os que passam pelos palcos montados em Oswaldo Cruz.
— Que o povo chegue com muita alegria para comemorar esses 30 anos! É justamente por causa da tradição que o Trem do Samba está aí até hoje. É um dos pilares centrais na defesa do gênero musical no Rio — diz o organizador, Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Para a cantora Roberta Sá, que vai se apresentar no sábado que vem no Palco Dona Ivone Lara, na Rua Átila da Silveira, em Oswaldo Cruz, o convite veio num momento especial, de comemoração dupla para a artista:
— Participar do Trem do Samba justamente no ano em que ele completa 30 anos, enquanto eu celebro 20 anos de carreira, é muito simbólico para mim. É uma honra, uma alegria profunda e um reconhecimento imenso integrar essa festa que já faz parte do calendário do Rio e da cultura carioca.
A artista, nascida em Natal, no Rio Grande do Norte, considera que o samba, assim como o Rio, é acolhedor:
— O Trem do Samba celebra esse ritmo que sempre me recebe de braços e sorriso abertos, assim como essa cidade, que me acolheu como se eu tivesse nascido aqui. Estar presente nesse momento é, para mim, realmente especial.
As atrações dos palcos de Oswaldo Cruz
Palco Mestre Candeia — Rua João Vicente
Samba da Volta
Nego Álvaro
Juninho Thibau
Marquinhos Diniz
Dudu Nobre
Palco Dona Ivone Lara — Rua Átila da Silveira
Terreiro de Crioulo
Zé Luiz do Império
Nilze Carvalho
Nem da Tia Doca
Roberta Sá
Palco Mestre Monarco — Praça Paulo da Portela
Velha Guarda da Portela
Marcelinho Moreira em homenagem a Arlindo Cruz
Leci Brandão
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