RJ em Foco
Torcedores do Flamengo relatam arrastões e furtos durante comemoração do tetra no Centro
Encerramento da festa também teve confusão. Policiais militares e seguranças do evento precisaram dispersar o público com gás lacrimogênio e balas de borracha
A celebração do título do Flamengo no Centro do Rio de Janeiro terminou em episódios de violência e registros policiais para diversos torcedores. Na tarde deste domingo, a 5ª DP (Gomes Freire) já havia registrado pelo menos cinco ocorrências de furto de telefone celular, e, segundo um agente da Polícia Militar que acompanhava o evento, a expectativa era de que mais vítimas procurassem a delegacia ao longo do dia.
Entre os torcedores que buscaram atendimento estava Caio César Augusto da Costa Ponte, de 26 anos, que teve o celular furtado durante um tumulto na Praça XV. Ele relatou que criminosos simularam uma briga para provocar confusão e facilitar um arrastão.
— Inventaram uma briga na hora para fazer um arrastão. Levaram um monte de celular e o meu foi junto. Conseguiram abrir meu bolso, que tinha fecho. Muita gente perdeu o celular naquela meia hora — contou Caio.
Ele só percebeu o furto após tentar ajudar uma torcedora que também procurava seu aparelho:
— Falei para ela abrir caminho para ver se o dela tinha caído. Quando botei a mão no meu bolso, vi que tinham levado o meu também.
Além do celular, Caio perdeu cartões bancários, o RioCard e itens utilizados no trabalho.
— O problema nem é só o celular, é tudo o que eu uso para o meu dia a dia — lamentou.
Outro torcedor, Ian Felipe da Silva, também de 26 anos, teve o telefone furtado enquanto deixava a área de concentração. O aparelho estava no bolso da frente.
— Estava indo embora, o celular estava fechado na capa, mas levaram mesmo assim. Tava no meu bolso da frente — relatou Ian, que teve o furto por volta das 15h.
Ian ainda perdeu documentos importantes, guardados na capa do celular:
— Minha carteira de identidade e a carteira de militar estavam juntas. Vou ter que refazer tudo.
Nenhum dos dois possuía seguro para o aparelho — e Ian ainda não havia terminado de pagar pelo celular levado.
Confusão no encerramento
A comemoração do tetracampeonato do Flamengo também foi marcada por confusão no Centro do Rio. Uma multidão que acompanhava o trio elétrico dos jogadores foi dispersada por policiais militares e seguranças do evento nas proximidades do prédio da Justiça do Trabalho, na Avenida Presidente Antônio Carlos. Os agentes chegaram a utilizar bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar os torcedores. Até o momento, a Polícia Militar não informou os motivos da ação.
Imagens exibidas pela GloboNews mostraram torcedores protegendo o rosto do gás lacrimogênio e correndo em direção oposta aos policiais. Segundo o telejornal, a dispersão foi iniciada para permitir que os jogadores deixassem o trio elétrico e embarcassem em ônibus.
O Globo procurou a Polícia Militar e aguarda posicionamento oficial.
Festa do tetra
Os jogadores do Flamengo chegaram à Rua Primeiro de Março por volta das 13h deste domingo e subiram no trio elétrico para comemorar a conquista do tetracampeonato da Libertadores. Vestindo uma camisa comemorativa, com o número 4 nas costas e o território da América do Sul ao fundo, os atletas celebraram ao lado da torcida.
A taça da Libertadores — que chegou a quebrar durante a comemoração em Lima — também esteve presente no trio, sendo exibida pelos jogadores, que posaram para fotos levantando o troféu. Segundo a Prefeitura do Rio, cerca de 500 mil pessoas participaram da celebração na região central da cidade.
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