RJ em Foco
Como Niterói e Região dos Lagos resolveram o problema dos falsos guardadores de carro
Prefeito Eduardo Paes sanciona lei que institui sistema eletrônico de pagamento para vagas de estacionamento em vias públicas
As cobranças indevidas feitas por guardadores de carros na cidade do Rio podem estar com os dias contados. O prefeito Eduardo Paes sancionou o projeto de lei que extingue o uso de papel e o pagamento em dinheiro nas áreas públicas, instituindo um sistema eletrônico de cobrança, proposto pelo vereador Marcelo Diniz (PSD) e outros 24 coautores. Soluções semelhantes já eliminaram ou, ao menos, reduziram a atuação de flanelinhas em diversas regiões do estado e do país.
Na Zona Sul de Niterói, por exemplo, desde 2019, motoristas utilizam um aplicativo para cadastrar seus veículos e escolher a forma de pagamento, como cartão de crédito. Administrado pela empresa Niterói Rotativo, o sistema, chamado Zona Azul, oferece mais de seis mil vagas. Ao estacionar, o mapa do aplicativo indica a localização do motorista. O usuário confirma o local, seleciona o tempo desejado e realiza a compra do tíquete digital. Cada vaga custa R$ 4 por duas horas. Próximo ao fim do período, o aplicativo envia um aviso e permite a renovação à distância.
Em Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, também há sistemas digitais de estacionamento rotativo. O especialista em planejamento de transporte urbano e professor da Politécnica-UFRJ, Victor Hugo Abreu, avalia os modelos como "consistentes" e "estruturados":
— Em Cabo Frio, o modelo inclui pagamento por aplicativo, fiscalização contínua e resultados expressivos na redução do estacionamento irregular em áreas de alta demanda, como Praia do Forte e Centro, além de maior rotatividade e boa aceitação entre moradores e comerciantes. Arraial do Cabo também implantou a Zona Azul Digital em áreas de maior pressão turística, como Prainha e Praia dos Anjos, mantendo fiscalização rigorosa e garantindo renovação constante das vagas. O sistema, simples e similar ao de cidades maiores, facilita o uso pelos visitantes e contribui para organizar o tráfego local.
Na capital paulista, o sistema Zona Azul Digital é operado pela empresa Estapar. Por meio de aplicativo, o motorista cadastra o veículo e compra créditos eletrônicos, conhecidos como Cartão Azul Digital. Ao escolher uma vaga, é necessário indicar o tempo desejado no aplicativo, registrando o estacionamento digitalmente. O bilhete também pode ser adquirido em pontos de venda físicos oficiais, mas ambulantes e vendedores de rua não estão autorizados a comercializá-lo.
A fiscalização é feita por agentes de trânsito, que utilizam veículos equipados com câmeras capazes de identificar a placa do veículo e verificar, em tempo real, se o estacionamento está regularizado.
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