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Mulher foge após tentar entrar em presídio do Rio com 130 celulares e mais de 20 kg de drogas

Direção e chefia de segurança do presídio são afastados preventivamente após tentativa frustrada de entrada de material ilícito

Agência O Globo - 24/11/2025
Mulher foge após tentar entrar em presídio do Rio com 130 celulares e mais de 20 kg de drogas
- Foto: Ilustração IA

Uma mulher identificada como Maria Carolina Primo Ferreira fugiu após tentar entrar no Presídio Nelson Hungria, conhecido como Bangu 7, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Oeste do Rio, com 130 celulares e mais de 20 kg de drogas durante o horário de visita. O material estava escondido em sacolas e foi detectado durante uma fiscalização de rotina, realizada por policiais penais do Grupamento de Portaria Unificada (GPU).

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), os policiais desconfiaram do conteúdo das sacolas após o material passar duas vezes pelo scanner. Antes que a abordagem oficial fosse realizada, a visitante conseguiu fugir do local.

Equipes da SEAP estão realizando diligências para localizar a suspeita. Em decorrência do ocorrido, as visitas presenciais e por parlatório foram suspensas por tempo indeterminado no presídio.

Além disso, o diretor, o subdiretor e o chefe de segurança da unidade foram afastados de suas funções de forma preventiva. A Corregedoria da SEAP instaurou procedimento para apurar eventuais responsabilidades administrativas e investigar possível participação de servidores na tentativa de entrada do material ilícito. Uma intervenção operacional foi determinada no Presídio Nelson Hungria.

Entre os itens apreendidos estavam:

  • 130 aparelhos celulares
  • 17 kg de maconha
  • 3,5 kg de cocaína
  • 80 pedras de crack
  • 185 g de haxixe
  • 50 chips de telefone

Em nota, a SEAP destacou que "mantém tolerância zero a práticas criminosas dentro das unidades prisionais e seguirá intensificando as ações de controle, fiscalização e combate ao crime organizado no sistema penitenciário do Estado". Todo o material apreendido foi encaminhado à DRACO-IE (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais) para investigação.