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Equipamento de parapente passa por perícia após morte de Philip Haegler em São Conrado

Philip Haegler chegou a ser socorrido pelos bombeiros, mas não resistiu

Agência O Globo - 20/11/2025
Equipamento de parapente passa por perícia após morte de Philip Haegler em São Conrado
- Foto: Reprodução / Instagram

O equipamento utilizado pelo piloto de voo livre e empresário Philip Eric Haegler, que morreu nesta quinta-feira em São Conrado, passou por perícia, conforme informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação está sob responsabilidade da 15ª DP (Gávea), que apura as circunstâncias do acidente e colhe depoimentos de testemunhas.

Philip Haegler era um dos nomes mais reconhecidos do voo livre no Brasil e também atuava como empresário. Bicampeão brasileiro de asa-delta em 1990 e 1992, chegou a presidir a Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL). Sua morte, durante um voo de parapente, ocorreu a apenas dois dias de seu aniversário de 60 anos.

O Clube São Conrado de Voo Livre comunicou o falecimento do piloto e ressaltou que Phil, como era chamado pelos amigos, era uma "referência incontestável na promoção da segurança e no desenvolvimento do esporte" no Rio de Janeiro. Em homenagem, o clube informou que suspenderá as atividades neste fim de semana em respeito à memória do esportista, lembrado pela paixão pelo voo: "o que ele mais amava era voar."

Os bombeiros chegaram a socorrer Philip em estado gravíssimo, levando-o ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, mas ele não resistiu aos ferimentos.

Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade aos familiares e amigos de Phil. O órgão esclareceu que não exige habilitação para a prática do voo livre, seja em parapente ou asa-delta. No entanto, recomenda que os praticantes — por se tratar de um "esporte radical de alto risco, praticado em todo o mundo e fortemente dependente das condições meteorológicas e geográficas locais" — busquem habilitação por meio de associações aerodesportivas.

A Anac exige, na verdade, que os equipamentos estejam cadastrados por meio de associações credenciadas, responsáveis por identificar o praticante e emitir atestados de capacidade. A fiscalização de eventuais irregularidades na prática do esporte cabe às secretarias de Segurança Pública locais, informa a agência.