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Roubo com uso de motos volta a preocupar moradores do Flamengo

Conselho Comunitário debaterá aumento da violência no bairro e regiões próximas, como Largo do Machado e Laranjeiras, após divulgação de novos dados

Agência O Globo - 19/11/2025
Roubo com uso de motos volta a preocupar moradores do Flamengo
- Foto: Reprodução

Na tarde de segunda-feira, 17, por volta das 15h21, dois homens em uma motocicleta abordaram e renderam um pedestre no Flamengo. A vítima foi revistada de forma agressiva por um dos assaltantes, que levou o celular e outros pertences. Toda a ação, que durou pouco mais de 20 segundos, foi registrada por uma câmera de segurança de um prédio. Após o roubo, os criminosos fugiram tranquilamente em direção à Praia do Flamengo.

Esse tipo de crime tem se tornado cada vez mais frequente na Zona Sul do Rio. Para discutir o aumento dos casos e outros problemas relacionados à violência, o Conselho Comunitário de Segurança Pública realizará uma reunião no dia 27 de novembro, a partir das 9h, na sede da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj), localizada na Rua do Russel, 1, em frente à saída do metrô, na Glória.

O conselho integra a 2ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), que abrange bairros como Flamengo, Botafogo, Urca, Catete, Glória, Laranjeiras, Cosme Velho e Humaitá.

De acordo com Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores e Amigos de Botafogo, a reunião terá, inicialmente, a apresentação das estatísticas do mês e a discussão desses dados com a comunidade. Ela destaca que o 2º Batalhão (Botafogo) conta com o apoio do 1º Comando de Policiamento de Área para combater esse tipo de roubo, e acredita que os efeitos dessas ações podem ser percebidos nos números recentes.

— Antes eram registrados um ou dois assaltos por dia. Hoje, são um ou dois por semana — afirma Regina.

Para Flávio Brandão, morador do Flamengo, a sensação de insegurança tem aumentado. Segundo ele, muitos moradores evitam sair em horários de menor movimento, como no início da manhã ou ao anoitecer, para não ficarem vulneráveis. Ele relata que, após uma sequência de reportagens sobre assaltos e reforço do policiamento, houve uma redução dos crimes no Largo do Machado, mas o problema voltou a crescer.

— Depois de alguns dias com policiamento reforçado, a praça voltou a contar apenas com agentes do Segurança Presente. Então, a violência retornou à rotina — critica o morador.