RJ em Foco
Cedae admite investimento de R$ 200 milhões no Banco Master e informa suspensão de resgate
Estatal do governo Cláudio Castro mantinha aplicações na instituição financeira, que entrou em liquidação após prisão do controlador Daniel Vorcaro
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio (Cedae), empresa de capital misto vinculada ao governo do Rio de Janeiro, comunicou ao mercado que mantinha aplicações financeiras em CDBs emitidos pelo Banco Master. A instituição entrou em processo de liquidação extrajudicial após a prisão de seu controlador, o banqueiro Daniel Vorcaro. Segundo a Cedae, o pedido de resgate dos investimentos chegou a ser feito, mas não foi processado devido ao início da liquidação do banco. A companhia informou ainda que avalia os potenciais impactos financeiros e já acionou as medidas administrativas e jurídicas cabíveis.
A Cedae soma-se a outras empresas do governo Cláudio Castro que mantinham relações financeiras com o Banco Master. A liquidação extrajudicial da instituição expôs investimentos de risco realizados também pelo Rioprevidência, fundo de aposentadoria dos servidores estaduais, que aplicou R$ 2,6 bilhões em letras financeiras e títulos de renda fixa no banco e em sua corretora desde 2023. Auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) já vinha alertando para irregularidades nessas operações há pelo menos um ano. Apesar das incertezas quanto ao retorno desses valores, o governo do Rio assegura que os pagamentos a aposentados e pensionistas não serão afetados.
Em resposta ao TCE, o presidente do Rioprevidência, Deivis Marcon Antunes, enviou, em fevereiro, um ofício defendendo as operações com Letras Financeiras do Banco Master, que totalizaram quase R$ 1 bilhão até meados de 2024. No documento, ele também criticou as avaliações que apontavam riscos em outras operações mantidas com o banco.
“Todo investimento possui riscos, o gerenciamento responsável e constante dele é preponderante para a gestão eficiente (...) A equipe técnica do Rioprevidência tem suas decisões pautadas na avaliação constante dos ativos e na aderência dos mesmos às determinações legais e regulamentares, e não em matérias e notas jornalísticas tendenciosas ou inverídicas”, afirmou trecho do documento.
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