RJ em Foco
Plataformas como Meta e TikTok removem perfis ligados ao tráfico e testam proteção para jovens
Empresas lançam campanhas educativas e reforçam sistemas para evitar aliciamento de crianças e adolescentes pelo crime organizado
Imagens de jovens empunhando fuzis ou circulando em motos sem placas — muitas delas roubadas — tornaram-se frequentes em perfis associados a organizações criminosas nas redes sociais. Segundo especialistas, trata-se de uma estratégia de marketing do tráfico para atrair seguidores e cooptar adolescentes. Além de remover as contas identificadas pela reportagem, plataformas digitais vêm testando novos sistemas de proteção voltados ao público jovem, como é o caso da Meta, responsável pelo Instagram e Facebook.
Marketing do crime:
Vivi para contar:
De acordo com a Meta, a novidade consiste em uma camada adicional de segurança para usuários de até 25 anos, desenvolvida a partir de uma campanha educativa em parceria com especialistas locais, com o objetivo de evitar o contato de jovens com organizações criminosas.
Em nota, a Meta informou:
“Usuários menores de 18 anos são automaticamente colocados na experiência da Conta de Adolescente, que possui configurações mais rígidas por padrão para limitar quem pode entrar em contato com eles e os conteúdos que visualizam. Trabalhamos com autoridades nos termos da legislação aplicável.”
A empresa também destacou que não permite “a presença de organizações e indivíduos perigosos” em suas plataformas. Segundo sua política interna, contas desse tipo são removidas assim que identificadas, por meio de uma combinação entre tecnologia de inteligência artificial e equipes especializadas.
O TikTok, por sua vez, informou que também removeu os perfis citados pela reportagem. A plataforma afirma contar com uma equipe de moderação dedicada à aplicação das Diretrizes da Comunidade, divulgando relatórios trimestrais que detalham os resultados dessas ações.
Segundo o TikTok, cerca de 40 mil profissionais integram o time de segurança, responsável por identificar contas que violem as regras da plataforma. Ainda de acordo com a empresa, 99,1% dos vídeos que infringiram suas políticas foram removidos de forma proativa, e 90,5% deles foram excluídos antes mesmo de qualquer visualização.
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