RJ em Foco
Proposta autoriza Fluminense a transferir 103 mil m² de potencial construtivo para obras em outras regiões do Rio
Avenida Brasil, Linha Amarela e Zona Sudoeste podem receber potencial construtivo; clube busca recursos sem custo público
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro apresenta nesta terça-feira à diretoria do Fluminense um projeto que pode destravar a revitalização da sede do clube, em Laranjeiras, Zona Sul, e do Centro de Treinamento Carlos Castilho, na Barra da Tijuca. A proposta, assinada pelo presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD), e pelo vereador Flávio Valle (PSD), permite ao clube transferir até 103 mil m² de potencial construtivo para outras áreas da cidade, como trechos da Avenida Brasil, Linha Amarela e Zona Sudoeste. O objetivo é viabilizar recursos para as obras sem ônus aos cofres públicos.
O modelo segue exemplos de operações urbanas já usadas para impulsionar equipamentos esportivos e de lazer no Rio, como o autódromo de Guaratiba e o Parque do Legado Olímpico, na Barra. No Complexo das Laranjeiras, o plano prevê a revitalização das arquibancadas, construção de arquibancada coberta e esplanada, praças de alimentação, arena coberta para 800 pessoas, gramado sintético, novo sistema de iluminação e ampliação da sede social, incluindo estacionamento, auditório, quadras e áreas de lazer.
No CT Carlos Castilho, as intervenções incluem ampliação administrativa, construção de novos alojamentos e cozinha central, modernização e criação de novos campos, além da aquisição de terrenos vizinhos para expansão. A operação contempla ainda melhorias no entorno, como recuperação de calçadas, arborização, nova iluminação, restauração da fachada tombada, ajustes viários, acessibilidade e ações de sustentabilidade.
— O Fluminense faz parte da história e da identidade do Rio. Assim como estamos viabilizando a reforma de São Januário, queremos garantir que Laranjeiras e o CT Carlos Castilho tenham estrutura moderna, segura e à altura da grandeza do clube. Esse modelo de operação urbana é bom para o esporte, movimenta a economia e melhora a cidade como um todo — afirma Caiado.
Para acessar os recursos, o clube precisará criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), responsável pela administração da venda do potencial construtivo. A liberação dos valores ocorrerá conforme o avanço físico das obras. Um Conselho Consultivo, formado por representantes da Prefeitura, Câmara Municipal, Fluminense, SPE e associações de moradores, acompanhará todo o processo. A operação terá validade de 120 meses após sua publicação.
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