RJ em Foco
Quarto suspeito de envolvimento na morte de inspetor da Polícia Civil é preso
Investigações apontam que o homem atuou como motorista dos atiradores. O inspetor Carlos José Queiroz Vianna foi executado com pelo menos 12 tiros em Niterói, no mês passado.
Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) prenderam, nesta quinta-feira, mais um suspeito de envolvimento no assassinato do inspetor da Polícia Civil José Carlos Queiroz Vianna, de 59 anos, ocorrido em Piratininga, Niterói, Região Metropolitana do Rio. O acusado foi localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
De acordo com as investigações, o crime foi encomendado e o suspeito preso teria atuado como motorista dos atiradores. Contra ele foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Segundo a Polícia Civil, o homem já possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo.
As apurações revelaram que, no dia do homicídio, ele ficou responsável por conduzir o veículo utilizado no ataque contra o agente. Vianna foi alvejado na porta de casa, após ser surpreendido por disparos efetuados de dentro do carro.
No dia do crime, três criminosos foram presos em flagrante. A detenção desta quinta-feira é a quarta relacionada ao caso.
Além de dirigir o veículo, o suspeito também teria participado da clonagem do carro utilizado no crime, que posteriormente foi incendiado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As investigações indicam ainda que a rotina da vítima vinha sendo monitorada desde, pelo menos, o início de setembro, um mês antes do homicídio.
O inquérito também apontou que duas pistolas apreendidas com os primeiros detidos foram utilizadas em outros dois homicídios registrados no Rio de Janeiro, em junho deste ano: o assassinato do proprietário de uma tabacaria no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste, e o do dono de um bar em Vila Isabel, Zona Norte.
Prisões e apreensões anteriores
Os três primeiros detidos foram autuados em flagrante por homicídio. Com eles, foram apreendidas três armas dentro de um Jeep Compass: duas pistolas, uma calibre .40 e uma Glock 9mm. Ambas serão submetidas a exame de confronto balístico para verificar se foram usadas no assassinato do inspetor. O resultado do exame deve confirmar a ligação entre as armas e o crime.
Detalhes da investigação
Carlos José Queiroz Vianna era lotado na 29ª DP (Madureira). Na manhã de 6 de outubro, por volta das 6h30, ele saiu de casa para jogar o lixo fora quando foi surpreendido por um Ônix branco. O motorista disparou contra o inspetor e fugiu em seguida. O crime ocorreu em frente à residência da vítima.
O veículo utilizado no crime foi identificado por câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Niterói, que utiliza um sistema de cercamento eletrônico para monitorar bairros, entradas e saídas da cidade. Acionado pelo Gabinete de Gestão Integrada de Niterói (GGIM), o Cisp rastreou o Ônix branco até a Ponte Rio-Niterói e acionou as polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF). As imagens mostram o carro circulando por diversas vias do município.
Atualmente, o Cisp de Niterói conta com mais de 600 dispositivos de monitoramento, incluindo câmeras e dez portais de acesso, capazes de captar placas, fragmentos e movimentos suspeitos em tempo real. Desde 2015, o sistema já auxiliou na recuperação de mais de 650 veículos envolvidos em crimes, roubos ou clonagem, além de contribuir para a elucidação de casos como o assassinato do policial civil.
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