RJ em Foco
Do celular à sala de aula, idosos e crianças aprendem a se defender de fake news e golpes
Após sucesso em Niterói, iniciativa da Agência Lupa será expandida para escolas e centros do Rio, formando uma geração preparada contra fraudes virtuais
A Academia Lupa, braço educacional da Agência Lupa, vai ampliar para o Rio de Janeiro o programa que ensina crianças e idosos a identificar e evitar fake news e golpes virtuais. A iniciativa nasceu de um projeto-piloto em Niterói, realizado em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Secretaria do Idoso, reunindo 20 participantes ao longo de 45 dias.
Voltado especialmente para a terceira idade, o curso aborda o comportamento dos golpistas e apresenta estratégias práticas de prevenção e defesa.
— Os criminosos sabem quando há uma pendência e se aproveitam desse momento de vulnerabilidade para se aproximar da vítima como se fossem a solução. Mas, na verdade, são o problema — explica Raphael Kapa, coordenador de Educação da Lupa.
O projeto evidenciou um grande abismo de desigualdade digital: enquanto alguns alunos já dominavam o uso do celular, outros ainda aprendiam funções básicas. Por isso, o material foi adaptado para diferentes realidades e classes sociais. — Com o sucesso do piloto, queremos abrir mais turmas. Estamos formando uma geração sênior que vai ensinar outros idosos a navegar com segurança na internet — destaca Kapa.
Entre os participantes, a aposentada Rosane Rocha, de 61 anos, conta que decidiu se inscrever após ser alvo de tentativas de golpe.
— Quanto mais conhecimento tecnológico tivermos, menores serão as chances de cair em armadilhas. Muita gente da minha idade ainda tem medo da internet — relata.
A Lupa também prepara a expansão do programa Lupeiros, voltado à educação midiática nas escolas. Seguindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o material utiliza histórias em quadrinhos e jogos para ensinar estudantes a reconhecer a desinformação desde o ensino fundamental.
O material é gratuito, está disponível no site da Lupa, e inclui guias de aula e conteúdos pedagógicos para professores e famílias. A expectativa é que o modelo testado em Niterói sirva de referência para levar o projeto a outras cidades do país.
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