RJ em Foco
Traficantes do Alemão e da Penha podem ter até mil fuzis, aponta governo do Rio
Na megaoperação, foram apreendidos 93 fuzis, de um total de 120 armas retiradas de circulação pela polícia
O governo do Estado do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira que estima haver entre 800 e mil fuzis em posse de criminosos nos complexos do Alemão e da Penha, alvos da megaoperação policial realizada no último dia 28. Na ação, foram apreendidos 93 fuzis, de um total de 120 armas retiradas de circulação pela polícia.
Também nesta segunda, ocorreu a primeira reunião do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, que definiu como prioridade uma articulação nacional para impedir a entrada de fuzis no estado.
Segundo o governo, o Comando Vermelho utiliza equipamentos semelhantes aos usados em guerras, classificando os criminosos como "narcoterroristas com armamento e treinamentos de guerrilha". O grupo faz uso de "armas de longo alcance e alto poder de destruição, como fuzis ponto 30 e ponto 50, drones equipados com artefatos explosivos, minas terrestres e granadas".
No sábado, a Polícia Civil divulgou um novo balanço das armas apreendidas na megaoperação, que terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. Inicialmente, as autoridades contabilizavam 118 armas, mas após uma recontagem, dois fuzis apresentados em outras delegacias foram incluídos, elevando o total para 93 fuzis. Além disso, foram apreendidas 26 pistolas, um revólver, explosivos, munições, drogas e equipamentos militares usados pelo Comando Vermelho. Um levantamento técnico da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) estima que o arsenal apreendido tenha valor de R$ 12,8 milhões.
Do total de 93 fuzis apreendidos, ao menos metade é composta por armas conhecidas como “fantasmas” — imitações de armamentos originais fabricadas de forma clandestina, com peças de diferentes origens, muitas delas produzidas em impressoras 3D capazes de processar metal. Entre os fuzis “fantasmas” encontrados, há falsificações de modelos de fabricantes como a alemã Heckler & Koch (HK) e a norte-americana Colt. As inscrições que remetem às marcas, no entanto, são feitas com tinta — diferentemente das originais, gravadas diretamente no corpo da arma — ou estão fora dos padrões autênticos.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados