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Operação policial combate avanço do Comando Vermelho em Salvador e prende mais de 30 pessoas

Série de reportagens "Conexões do Crime", publicada pelo Extra, revelou presença da facção criminosa no Distrito Federal e em 25 estados brasileiros, incluindo a Bahia

Agência O Globo - 04/11/2025
Operação policial combate avanço do Comando Vermelho em Salvador e prende mais de 30 pessoas
- Foto: Divulgação/Prefeitura de Salvador

Uma semana após a megaoperação no Rio de Janeiro que buscou conter a expansão do Comando Vermelho e resultou nas mortes de quatro policiais e 117 suspeitos, a Bahia realizou, na manhã desta terça-feira, uma ação para desarticular o núcleo armado e financeiro da mesma facção criminosa no estado. Batizada de Operação Freedom, a ofensiva já levou à prisão de mais de 30 pessoas, segundo informações do g1.

A operação ocorre em cidades da Região Metropolitana de Salvador e também no Ceará, com o cumprimento de 90 mandados judiciais. Entre os presos está um baiano apontado pela polícia como chefe da facção em Salvador. Sua companheira, responsável pelo controle financeiro do grupo, também foi detida. O casal, cujos nomes não foram divulgados, foi localizado na cidade de Eusébio, na Região Metropolitana do Ceará.

De acordo com a polícia baiana, os investigados são suspeitos de homicídios e de promover a expansão do tráfico de drogas em Salvador e em outras cidades da região. A expectativa é que as prisões ajudem a elucidar ao menos 30 assassinatos ocorridos na capital baiana.

A série de reportagens "Conexões do Crime", publicada pelo jornal Extra a partir de 19 de outubro, já havia mostrado que o Comando Vermelho está presente no Distrito Federal e em 25 estados brasileiros, incluindo a Bahia. O material também revelou que, além de ampliar sua atuação para outros estados, a facção transformou o Rio em um centro de intercâmbio. Líderes espalhados pelo país passaram a comandar territórios à distância, escondidos em grandes complexos cariocas, o que trouxe estabilidade aos negócios criminosos.

A lista dos suspeitos mortos na megaoperação da semana passada ilustra esse cenário: entre os mortos, 12 eram apontados pela polícia como lideranças regionais da facção.