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Ao menos 40 mortos em megaoperação já foram sepultados; oito corpos seguem sem identificação

Cemitérios do Rio receberam corpos de suspeitos de outros estados, informa Polícia Civil

Agência O Globo - 02/11/2025
Ao menos 40 mortos em megaoperação já foram sepultados; oito corpos seguem sem identificação
Ao menos 40 mortos em megaoperação já foram sepultados; oito corpos seguem sem identificação - Foto: Ilustração IA

Após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, considerada a mais letal da história da polícia do Rio de Janeiro, o trabalho de identificação, liberação e sepultamento das vítimas continua em andamento. Pelo menos 40 suspeitos mortos já foram enterrados entre quinta-feira (30) e sábado (1º). A maioria dos sepultamentos ocorreu no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte da cidade, que recebeu 31 corpos.

Além do Inhaúma, outros cemitérios da capital também realizaram sepultamentos: cinco corpos foram enterrados no Cemitério de Irajá, dois no Ricardo de Albuquerque, um no São Francisco Xavier (Caju) e um no Santa Cruz.

Entre os sepultados no município do Rio estão suspeitos naturais de outros estados. Segundo a Polícia Civil, 54 mortos eram de fora do Rio de Janeiro. Entre eles, Luiz Carlos de Jesus Andrade, o Zói, de 23 anos, e Jônatas Ferreira Santos, de 38 anos, ambos da Bahia, sepultados na última sexta-feira no Cemitério de Inhaúma.

De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação, responsável pela administração dos cemitérios municipais, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro está intermediando os pedidos de isenção de taxas para sepultamentos em unidades públicas, direito garantido a famílias de baixa renda.

Oito corpos ainda sem identificação

Até este sábado (1º), o número de corpos identificados permaneceu em 109, mesmo total do dia anterior. Assim, oito cadáveres ainda aguardam identificação. Um deles foi enterrado na última sexta-feira, no Cemitério de Inhaúma, sem ter sido reconhecido.

Entre os nomes divulgados, nenhum constava na lista de denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que fundamentou a megaoperação.

A Polícia Civil informou ainda que, dos identificados, pelo menos 78 possuíam relevante histórico criminal. Do total de mortos vindos de outros estados, 15 eram do Pará, 11 da Bahia, nove do Amazonas, sete de Goiás, quatro do Espírito Santo, quatro do Ceará, dois da Paraíba, um de Mato Grosso e um de São Paulo.