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Governo federal envia peritos da Polícia Federal ao Rio para reforçar investigações após operação com 121 mortos

Grupo vai atuar em análises de locais de crime, balística e identificação de corpos; ação integra novo escritório emergencial de combate ao crime organizado do Ministério da Justiça

Agência O Globo - 31/10/2025
Governo federal envia peritos da Polícia Federal ao Rio para reforçar investigações após operação com 121 mortos
- Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal enviou um grupo de vinte peritos criminais da Polícia Federal para reforçar os trabalhos de segurança pública no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ao governador Cláudio Castro, e marca a primeira ação efetiva do escritório emergencial de combate ao crime organizado, criado nesta semana pelo Ministério da Justiça.

A medida ocorre em meio à repercussão da Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, na última terça-feira. A ação, considerada a mais letal da história do estado, deixou ao menos 121 mortos.

Segundo o Ministério da Justiça, os peritos atuarão em áreas como análise de locais de crime, balística, genética forense, identificação de DNA, medicina legal, necropsia e identificação de corpos. Além deles, um grupo de peritos da Força Nacional de Segurança Pública também deve ser mobilizado para a capital fluminense.

O ministro Lewandowski ressaltou que o número de profissionais poderá ser ampliado conforme a necessidade das investigações.

— Nós tivemos a ideia de criar esse escritório extraordinário de enfrentamento ao crime organizado para agilizar a comunicação entre as forças federais e estaduais de segurança — afirmou Lewandowski.

De acordo com o ministro, o escritório integrado funcionará como um fórum permanente de integração, permitindo que as forças troquem informações e tomem decisões conjuntas de maneira mais ágil até que a crise seja superada.

— Este é o embrião daquilo que queremos criar com a PEC da Segurança Pública, atualmente em discussão no Congresso Nacional — concluiu o ministro.