RJ em Foco
‘Se continuar, vamos ao Supremo’, diz defensora pública impedida de participar de reunião entre autoridades no IML sobre megaoperação
Cristiane Xavier afirma que Defensoria foi excluída de encontro de deputados com superintendência da polícia e diretor do instituto
Em atuação na força-tarefa da Defensoria Pública para auxiliar as famílias dos mortos na megaoperação no Rio, a defensora pública Cristiane Xavier manifestou sua insatisfação ao ser impedida, segundo ela, de participar de uma reunião no auditório do Instituto Médico-Legal (IML) entre autoridades. Os deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, Glauber Braga, Tarcísio Motta e Chico Alencar (PSOL-RJ) foram vistos entrando no prédio, no Centro do Rio, e disseram que iriam fiscalizar a atuação da perícia técnica.
'Crueldade':
Com drones e câmeras,
— Não podemos acompanhar nada do que está sendo feito. É um desrespeito com uma instituição que está aqui desde o início, atuando tanto nas áreas de mata quanto no atendimento às famílias — afirmou Cristiane Xavier.
Na sequência, ela disse que o órgão pode levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a alegação de que a ADPF das Favelas está sendo desrespeitada.
— Daqui a pouco vamos ser obrigados a incomodar um ministro do STF — pontuou.
'Japinha do CV':
O diretor do núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, André Castro, endossou a fala da colega e explicou as demandas da pasta junto à Polícia Civil.
— É uma prerrogativa nossa atuar onde estão os corpos. Além disso, estamos pedindo pelo acesso a uma relação atualizada de pessoas identificadas, o que facilitaria a vida das famílias. Não temos acesso às câmeras dos policiais e à perícia local também. Vamos solicitar — afirmou.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro pediu na megaoperação realizada no Rio de Janeiro, depois da perícia oficial ser concluída. A solicitação foi apresentada após o no Centro do Rio.
'Minoria lacradora' e 'parque de diversão'
Após a reunião de parlamentares com o governador Claudio Castro, da qual participou, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, negou que a Defensoria tivesse acesso negado ao IML:
— Estamos em contato com o defensor público geral, e está sendo garantido o acesso. É mentira que foi negado acesso. O que há é uma minoria lacradora que quer chamar a atenção — afirmou Felipe Curi, em entrevista coletiva.
133 presos:
Também presente ao encontro, o secretário de Segurança, Victor Santos, alegou que a Defensoria não indicou os funcionários que entrariam na instituição:
— O IML não é um parque de diversão, local de visitação. A Defensoria, diferentemente do MP, não apresentou a lista de quem deveria ter acesso — disse o secretário Victor Santos.
Polícia Civil afirma que cumpre regras
Em nota, a Polícia Civil informou que o acesso ao IML "está limitado aos policiais civis e membros do Ministério Público. A Polícia Civil está cumprindo todas as regras estabelecidas pela ADPF 635. O trabalho é desenvolvido por peritos oficiais da Polícia Civil, e acompanhada por peritos independentes do Ministério Público. Esta é uma rotina técnica e o ambiente é controlado. Todas as informações constarão nos autos do processo e ficarão disponíveis para todas as partes envolvidas".
‘Nenhum bandido importante no Brasil mora em uma favela’,
A busca por corpos na mata da Vacaria:
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