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'Um herói em sua profissão e um gigante em nossas vidas': diz esposa de policial morto em operação no Alemão e na Penha
Recém-formado, Rodrigo Cabral era casado, pai de uma menina e um dos policiais mortos na megaoperação que deixou quatro agentes de segurança sem vida no Rio
A esposa do policial civil deflagrada na terça-feira nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, fez uma homenagem ao marido nas redes sociais na manhã desta quarta-feira. Em uma publicação acompanhada de uma foto do casal com a filha pequena, ela se despediu do companheiro com quem viveu por 17 anos, desde a adolescência.
Veja quem são os quatro policiais mortos
O que está acontecendo no Rio de Janeiro:
“Hoje, a dor da sua ausência é imensurável e nos rasga a alma, mas preciso encontrar forças para te dizer adeus e honrar a memória de quem você foi: um herói em sua profissão e um gigante em nossas vidas”, escreveu.
No texto, ela recorda o início da relação ainda na juventude e a construção da família. Foram 17 anos de "caminhada lado a lado". Segundo ela, os dois se conhecem desde que eram dois adolescentes de 15 anos.
"17 anos construindo nosso mundo, nosso ninho. Você foi o meu primeiro e único grande amor, o melhor amigo, o marido que me fazia sentir a mulher mais amada e segura do mundo. Tínhamos uma vida inteira pela frente, cheia de planos que agora se transformam em saudade", disse a viúva.
A morte de Rodrigo ocorreu durante a operação Contenção, que mobilizou 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar para conter o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) e prender lideranças do tráfico do Rio e de outros estados. A ação também deixou dois policiais do BOPE e outro civil mortos, além de feridos e dezenas de prisões. A esposa também destacou a paixão de Rodrigo pela profissão que ele havia abraçado há poucos meses:
“Sua dedicação como Policial Civil era a prova do seu coração corajoso. Você partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade, e isso é um legado de bravura que jamais será esquecido. Você era um homem de princípios, de fibra e de uma coragem que inspirava a todos".
Rodrigo Cabral era lotado na 39ª DP (Pavuna) e tinha ingressado recentemente na Polícia Civil. Ele costumava compartilhar nas redes sociais fotos com a esposa e a filha, além de momentos de lazer, como viagens e idas ao estádio Nilton Santos, onde acompanhava o Botafogo, seu time do coração. No desabafo, ela se emociona ao falar sobre o papel de Rodrigo como pai da filha do casal:
“Você foi o melhor pai que nossa filha poderia ter. O pai carinhoso, presente, que ensinava com paciência, que brincava com a energia de uma criança, e que a olhava com um orgulho que iluminava seu rosto. Ela era seu mundo, seu maior amor, e em cada gesto seu ela sentiu isso. Olho para ela e vejo a sua luz, o seu sorriso, a sua força.”
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