O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que acredita na possibilidade de Mercosul e União Europeia (UE) assinarem um acordo de livre comércio neste sábado (20), durante a reunião de cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu (PR).

Ele, no entanto, reiterou a posição brasileira de que esta será a última oportunidade para se chegar a um entendimento entre os blocos. Caso não haja consenso, não haverá mais o que negociar. “Se não for concluído agora, não há mais o que se negociar em termos substantivos. E nós vamos dirigir nossa atenção e energias para outros parceiros importantes que estão na fila”, afirmou Vieira nesta quinta-feira (18), durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O chanceler se mostrou otimista, destacando que a maioria dos países é favorável ao acordo e que a União Europeia reconhece a importância do tratado neste momento de desequilíbrio nas relações internacionais. “Acho que a União Europeia também tem presente a importância de fazer este acordo neste momento, sobretudo quando estamos vivendo um desequilíbrio nas relações externas de todos os países”, avaliou, ressaltando que o tratado funcionaria como “uma espécie de rede de proteção” para ambas as regiões.

A declaração de Mauro Vieira vai ao encontro do posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou, durante a última reunião ministerial de 2025, que esta é a última chance de acordo durante o seu mandato. “Se não fizer agora, o Brasil não fará mais enquanto eu for presidente”, disse Lula. “Se disserem não, vamos ser duros daqui pra frente. Nós cedemos a tudo que era possível”, completou.

Novos mercados

Segundo o ministro, o Brasil tem avançado na abertura de novos mercados externos, o que pode ampliar as exportações brasileiras em cerca de US$ 33 bilhões nos próximos cinco anos. Só para a agropecuária, foram abertos 500 novos mercados, resultado da atuação do presidente Lula em viagens internacionais.

“O presidente Lula é o maior divulgador do Brasil, desde o seu primeiro mandato. Neste terceiro mandato, teve um número inacreditável. Foram mais de 60 encontros diretos, presenciais, com chefes de Estado estrangeiros”, destacou Mauro Vieira.

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