O pré-candidato à Presidência da República e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira, 16, que as pesquisas eleitorais indicam um "crescimento rápido" de sua candidatura. Questionado sobre a mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta terça-feira, 15, o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro ressaltou a "tendência de crescimento".

"O mais importante nessas pesquisas quantitativas não é exatamente o número que aparece agora, mas a tendência: se está em crescimento ou em queda. Faltam dez meses para a eleição e muita coisa ainda vai acontecer até lá", declarou Flávio.

"Elas mostram um crescimento rápido, o que bate com o que eu tenho percebido nas redes sociais e também nesses programas dos quais eu participo."

De acordo com o levantamento da Genial/Quaest, Flávio apresenta vantagem eleitoral sobre outros presidenciáveis de direita no primeiro turno das eleições de 2026, mas está atrás do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No cenário de segundo turno, Flávio está 10 pontos percentuais atrás de Lula, diferença semelhante à dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR) em relação ao petista.

O desempenho de Tarcísio contra Lula, no entanto, piorou: em novembro, o presidente tinha cinco pontos de vantagem sobre o governador paulista; agora, a diferença dobrou em um mês.

O senador avaliou que parte do eleitorado o enxerga como uma versão "mais equilibrada" e centrada do pai, percepção que, segundo ele, reflete seu perfil pessoal. Ele destacou ainda que sempre houve cobrança, inclusive entre bolsonaristas, por uma postura mais moderada e menos conflituosa, mesmo ao defender que o governo Bolsonaro teve desempenho positivo.

Flávio também afirmou que sua candidatura é "irreversível" e explicou que a declaração inicial sobre um "preço" para sua postulação foi feita deliberadamente para "causar impacto". Segundo o senador, a repercussão gerou especulações e interpretações negativas. Ele reiterou que o suposto preço seria a liberdade do pai, atualmente preso na Polícia Federal (PF), e a possibilidade de o ex-presidente disputar as eleições de 2026.