Política

Izalci defende educação como base da segurança pública

Senador do DF ressalta que investir em ensino de qualidade é fundamental para reduzir criminalidade e promover oportunidades.

16/12/2025
Izalci defende educação como base da segurança pública
Izalci Lucas (PL-DF) - Foto: Pedro França/Agência Senado

Em discurso no Plenário nesta terça-feira (16), o senador Izalci Lucas (PL-DF) destacou que a educação é o principal caminho para transformar a realidade do país e fortalecer a segurança pública. Segundo o parlamentar, a ausência de acesso à educação contribui diretamente para o aumento da criminalidade.

Izalci defendeu que a educação seja tratada como uma política de Estado, com planejamento de longo prazo e foco na alfabetização adequada na idade certa. Para ele, é fundamental garantir que os alunos avancem nas etapas do ensino com aprendizado efetivo e ampliar o ensino profissionalizante, permitindo que os jovens concluam o ensino médio já qualificados para o mercado de trabalho. Segundo o senador, essa estratégia reduz a vulnerabilidade social e afasta os jovens do crime.

— A educação é a única ferramenta para mudar o nosso país [...]. Se queremos mais segurança, ela começa com mais educação — afirmou.

O senador citou um artigo que aponta que, para quase metade das pessoas envolvidas com o crime, a trajetória poderia ter sido diferente caso tivessem tido acesso a oportunidades educacionais adequadas.

— Não é novidade que a educação transforma vidas. É a educação que dá oportunidades e cria possibilidades de escolha melhores para sua vida. Eu sou a prova viva de que a educação abre portas — ressaltou.

Dosimetria

Izalci também cobrou a votação urgente do projeto que trata da dosimetria das penas de condenados por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023 (PL 2.162/2023), sugerindo ajustes no texto, e defendeu que a matéria seja apreciada pelo Plenário já na próxima sessão. Ao comentar o cenário político recente, o senador afirmou que o governo federal poderia ter evitado o 8 de janeiro, mas optou por manter uma narrativa específica.

— O governo federal poderia ter evitado e não evitou porque tinha interesse nessa narrativa que foi construída. Então, na prática, não houve golpe, como disse o próprio ministro da Defesa [José Múcio]. Não sou eu que estou dizendo, não. O ministro da Defesa disse claramente que foi uma baderna, que não existe golpe sem armas [...]. Houve quebradeira, sim, mas quantas quebradeiras já ocorreram aqui a que eu assisti? Botaram fogo no Ministério de Relações Exteriores, quebraram o Ministério da Educação, o Ministério da Agricultura, botaram fogo na Câmara e aí era baderna. Agora não, 8 de janeiro foi golpe.

Camily Oliveira, sob supervisão de Patrícia Oliveira.