O deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), afastado da presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, assinou nesta quarta-feira (10) o pedido de licença do mandato para tratar de assuntos particulares.

De acordo com o regimento interno da Casa, o parlamentar pode se afastar por até 120 dias. No entanto, Bacellar solicitou licença de apenas 10 dias, período que antecede o recesso legislativo, previsto para começar em 19 de dezembro.

A decisão ocorre um dia após o ministro Alexandre de Moraes autorizar a soltura do deputado, mediante o cumprimento de medidas restritivas.

Por determinação de Moraes, Bacellar está usando tornozeleira eletrônica, proibido de manter contato com outros investigados, teve o passaporte retido e a licença de porte de arma suspensa.

Rodrigo Bacellar foi preso preventivamente no dia 3 de dezembro pela Polícia Federal, no âmbito das investigações sobre o vazamento de dados sigilosos da Operação Zargun, deflagrada em setembro deste ano. Na ocasião, também foi preso o então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido como TH Joias, acusado de intermediar a venda de armas para a facção criminosa Comando Vermelho.

Segundo a Polícia Federal, em comunicação interceptada na noite anterior à prisão, TH Joias ativou um novo número de celular e, em seguida, procurou Bacellar, a quem chamou de "01". Ainda de acordo com a PF, Bacellar teria orientado o ex-deputado a remover objetos de sua residência para ocultar provas. Os dois também conversaram, pelo mesmo número, na manhã da operação, antes de TH ter a prisão preventiva decretada.

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