Política
Lewandowski defende cooperação nacional e internacional contra o crime organizado
Ministro da Justiça destaca avanços do Brasil em acordos internacionais e alerta para a complexidade do crime moderno durante depoimento à CPI.
O crime organizado é um “fenômeno novo” que migrou do mundo físico para o digital, das cidades para o cenário global e da clandestinidade para as estruturas do poder e da economia. A avaliação é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que participou da CPI do Crime Organizado nesta terça-feira (9). A reunião teve início às 9h e segue em andamento.
Lewandowski destacou a necessidade de iniciativas locais, nacionais e internacionais para combater as facções criminosas. Segundo o ministro, o Brasil possui uma “atuação forte” no plano internacional, com a assinatura de 12 acordos de cooperação apenas neste ano. O país também se tornou o terceiro fora da Europa a integrar a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).
— Em São Paulo, nos anos 90, lidávamos com crimes relativamente simples do ponto de vista daquilo que a humanidade estava acostumada: roubo, estelionato, crimes contra a economia popular... Hoje, é extremamente complexo. É um fenômeno que preocupa tanto quanto o aquecimento global e a corrida por armas nucleares. Ouvimos falar de máfia chinesa, russa, latino-americana... Transcendeu as fronteiras nacionais e, do ponto de vista de sua natureza, mudou completamente — afirmou o ministro.
Na década de 1990, foi criado o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que hoje atua internacionalmente, assim como o Comando Vermelho, surgido nos anos 1970 no Rio de Janeiro.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da CPI e responsável pelo convite a Lewandowski (REQ 2/2025 - CPI do Crime Organizado), ponderou que a essência do crime nunca muda.
— Conforme a sociedade e a economia avançam, o crime naturalmente segue esse ritmo, tal qual o rio busca o oceano. O crime sempre estará em busca do resultado econômico, aproveitando as lacunas do Estado, as falhas listadas, omissões e as brechas criadas pela corrupção — afirmou o senador.
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