Política

Declaração de Flávio Bolsonaro sobre 'preço' para desistir de candidatura é criticada por Lindbergh Farias

Líder do PT na Câmara afirma que fala do senador expõe método de chantagem e condena possível anistia a golpistas

07/12/2025
Declaração de Flávio Bolsonaro sobre 'preço' para desistir de candidatura é criticada por Lindbergh Farias
Flávio Bolsonaro - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados, criticou a declaração do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmou ter um "preço" para retirar sua pré-candidatura à Presidência da República. Para Lindbergh, a fala "escancara o método da chantagem" e representa mais um episódio de desmoralização da família Bolsonaro.

Em publicação na rede social X neste domingo, 7, Lindbergh afirmou: "O Flávio Bolsonaro é uma piada. Ele se lançou candidato na sexta-feira e hoje já admite que pode desistir dizendo que 'tem um preço' para isso. É blefe, é pastelão".

O deputado acrescentou: "O termo usado por ele, 'eu tenho um preço', escancara o método da família: a chantagem. O irmão, Eduardo, já chantageou o país inteiro com ameaças de sanções ao ministro do STF e tarifas contra o Brasil, e o próprio Flávio repetiu o padrão da chantagem comparando o efeito disso aos ataques de bomba atômica a Hiroshima e Nagasaki. Agora tenta negociar anistia com o Centrão como condição para retirar a candidatura".

Lindbergh ainda declarou: "E pior: seria uma vergonha gigantesca se o Parlamento votasse anistia para atender ao capricho de Flávio Bolsonaro. Além disso, a anistia é inconstitucional, viola cláusulas pétreas, dentre elas, o próprio Estado Democrático de Direito. Enfim, é um vexame, mais um capítulo da desmoralização permanente da família Bolsonaro".

Mais cedo, Flávio Bolsonaro afirmou à imprensa que anunciará nesta segunda-feira, 8, um "preço" para retirar sua pré-candidatura. Segundo ele, a concessão da anistia aos condenados por atos golpistas está entre os temas em negociação. As declarações foram dadas após participação do senador em um culto na igreja evangélica Comunidade das Nações, em Brasília, acompanhado da esposa, Fernanda.