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BRICS se consolida em meio à instabilidade global, aponta especialista
Flexibilidade do bloco e expansão com novos membros impulsionam relevância dos BRICS no cenário econômico mundial, avalia Artur Leer, da AEI
O bloco BRICS segue se consolidando no cenário global, impulsionado principalmente por sua capacidade de adaptação diante das transformações profundas na economia mundial. A avaliação é do vice-presidente da Associação de Exportadores e Importadores (AEI), Artur Leer, em entrevista à Sputnik.
Segundo Leer, a flexibilidade do grupo tem sido fundamental em um contexto de crescente fragmentação econômica.
"A cooperação entre os países do BRICS se desenvolve hoje em meio a mudanças de grande escala na economia mundial, e é justamente essa flexibilidade que se torna a principal vantagem do bloco diante da fragmentação crescente das conexões globais", afirmou.
O especialista ressaltou ainda que o processo de expansão do BRICS, aliado ao protagonismo crescente de Índia e China, está redesenhando a geografia do comércio internacional.
"A ampliação do número de membros, o fortalecimento da Índia e da China, a adesão de novos participantes e o interesse crescente das economias emergentes estão moldando uma nova geografia de interação, na qual ganham peso centros alternativos de crescimento", destacou.
Leer acrescentou que o formato do bloco é um dos poucos que não apenas manteve, mas também reforçou sua coesão durante este período de turbulência global.
Entre os temas centrais do momento, segundo o vice-presidente da AEI, está o avanço em direção a instrumentos financeiros mais autônomos. Ele observou que os países do BRICS vêm ampliando o uso de moedas nacionais, intensificando a cooperação em soluções digitais e desenvolvendo rotas financeiras independentes.
O especialista também destacou que os membros do bloco aceleram investimentos em infraestrutura logística e de transporte.
"Portos estão sendo ampliados, rotas terrestres modernizadas e novos corredores construídos para conectar Ásia, África, Oriente Médio e América do Sul", ressaltou.
Para Leer, essa base estrutural tende a impulsionar o comércio, fortalecer cadeias de cooperação e aumentar a previsibilidade no fluxo de mercadorias.
Recentemente, o Canal de Suez anunciou que está pronto para cobrar pedágio de navios mercantes em moedas nacionais dos países do BRICS. Segundo Osama Rabieh, chefe da administração do canal, a medida depende apenas da aprovação do Banco Central do Egito.
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