A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) adiou para segunda-feira, 8, às 11h, a reunião que irá analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A Alerj não informou o motivo da alteração da data.

A mudança foi comunicada nesta sexta-feira, 5, após a convocação inicial, marcada para as 15h do mesmo dia. Bacellar foi preso na última quarta-feira, 3, suspeito de vazar informações da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que resultou na prisão do então deputado TH Joias.

No dia da prisão, a Polícia Federal encontrou R$ 90 mil em espécie no carro de Bacellar. O Estadão tenta contato com a defesa do parlamentar. De acordo com as investigações da PF, o presidente da Alerj buscava manter vínculos com o Comando Vermelho (CV) em troca de apoio eleitoral nas regiões dominadas pela facção.

A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e um de intimação para medidas cautelares diversas, todos expedidos pelo STF. TH Joias foi preso em 3 de setembro, acusado de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, ele teria negociado armas, fuzis e equipamentos antidrones com o Comando Vermelho, além de usar seu mandato para favorecer a facção. Para o ministro Alexandre de Moraes, Bacellar teve conhecimento prévio da Operação Zargun e orientou TH Joias a retirar possíveis provas que seriam apreendidas.