Política

Deputados criticam ausência de Lewandowski em audiência e cobram responsabilização

Presidente da comissão anuncia representação contra ministro da Justiça por não comparecer a audiências; parlamentares veem desrespeito ao Congresso

25/11/2025
Deputados criticam ausência de Lewandowski em audiência e cobram responsabilização
Paulo Bilynskyj estendeu à Polícia Civil o limite de vagas - Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), criticou nesta terça-feira (25) a segunda ausência do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em audiências públicas do colegiado. Bilynskyj anunciou que encaminhará ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um pedido de responsabilização do ministro.

“Frente a esse descaso do governo Lula e do ministro Lewandowski com a segurança pública do país, gostaria de consultar os membros desta comissão sobre a coautoria em uma representação que será encaminhada ao presidente Hugo Motta para que o ministro responda pela prática de crime de responsabilidade”, afirmou Bilynskyj.

O parlamentar acrescentou: “Essa representação já está pronta e vamos encaminhá-la ao presidente para o juízo de admissibilidade dessa denúncia”.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) também criticou a ausência, classificando-a como uma desmoralização do Parlamento. “Há algum tempo, comissões da Câmara convocam ministros de Estado que faltam e não são responsabilizados. Em tese, nós temos o direito de convocar ministro e de exigir explicações, mas, na prática, quando a gente convoca, ele não vem e não acontece absolutamente nada”, declarou.

Lewandowski foi convocado para prestar esclarecimentos sobre temas como controle de armas e munições, apoio do governo federal à operação contra organizações criminosas no Rio de Janeiro e supostas interferências do governo em investigações da Polícia Federal.

Também estavam previstos questionamentos sobre assuntos específicos, como a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificando traficantes como vítimas e a suposta presença de comandantes do grupo Hezbollah no Brasil.

A convocação do ministro da Justiça atendeu a 27 requerimentos aprovados pela comissão, apresentados pelos deputados Marcos Pollon (PL-MS), Gilvan da Federal (PL-ES), Sanderson (PL-RS), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Marcel van Hattem (Novo-RS), Capitão Alden (PL-BA), Zucco (PL-RS), Rodolfo Nogueira (PL-MS), além do presidente da comissão.