Política
Comissão aprova adicional salarial para professores que atendem alunos com deficiência
Projeto de Lei prevê acréscimo de até 15% no salário básico para docentes da educação básica pública que atuam com estudantes com deficiência
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4622/25, que institui um adicional salarial para professores da educação básica pública que trabalham com alunos com deficiência.
O Adicional Nacional de Inclusão Educacional (Anie) busca valorizar o trabalho dos docentes envolvidos no Atendimento Educacional Especializado (AEE), em salas de recursos multifuncionais ou atuando como professores de apoio e mediadores, entre outras funções ligadas à educação especial.
De acordo com o autor da proposta, deputado Duda Ramos (MDB-RR), a medida visa reconhecer o esforço extra exigido desses profissionais.
A comissão acatou o parecer da relatora, deputada Andreia Siqueira (MDB-PA), favorável à aprovação do projeto. Segundo ela, a proposta valoriza as horas de trabalho dedicadas à inclusão.
“Dar aulas para alunos com deficiência envolve a flexibilização da ação pedagógica, a avaliação contínua da aprendizagem e a preocupação com o suporte necessário. Isso exige um esforço adicional desses professores”, destacou a relatora.
Valores
Pelo texto aprovado, os valores mínimos do adicional serão de:
- 12% do salário básico para atividades gerais de inclusão; e
- 15% do salário básico para atuação no AEE.
Estados e municípios poderão adotar percentuais superiores, desde que respeitados os pisos nacionais.
O adicional também será devido a professores que atuam em classes comuns com alunos com deficiência, de forma proporcional, não se restringindo apenas às turmas exclusivas de educação especial.
Para receber o Anie, o docente deverá comprovar habilitação compatível com a função exercida, como licenciatura, especialização ou formação específica para atendimento de alunos com deficiência.
O texto ainda determina que o adicional não poderá ser utilizado como justificativa para reduzir a inclusão de alunos com deficiência nas salas regulares.
Próximas etapas
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
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