Política

Mourão critica custódia de Bolsonaro na PF e afirma que ex-presidente 'não é ameaça'

Senador classifica transferência de Bolsonaro para a Polícia Federal como 'arbítrio' e diz que decisão evidencia perseguição; oposição promete resistir

22/11/2025
Mourão critica custódia de Bolsonaro na PF e afirma que ex-presidente 'não é ameaça'
Hamilton Mourão (Republicanos-RS) - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou neste sábado, 22, a transferência do ex-presidente Jair Bolsonaro para as dependências da Polícia Federal (PF). Em publicação na rede social X, o parlamentar, que foi vice-presidente de Bolsonaro, classificou a medida como uma demonstração de "arbítrio".

Mourão afirmou que o ex-presidente "não constitui uma ameaça à ordem pública". Segundo o senador, a decisão de transferir Bolsonaro para a custódia da autoridade policial indica que a "perseguição não tem fim".

'Prender Bolsonaro é ataque direto à democracia; vamos resistir'

Mais cedo, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Zucco (PL-RS), também reagiu à prisão preventiva de Bolsonaro, afirmando que a colocação do ex-presidente em regime fechado é "injusta" e "desumana". "Se algo acontecer ao presidente sob a custódia do Estado, essa responsabilidade será direta, objetiva e inesquecível", declarou.

Zucco sustentou que Bolsonaro "jamais cometeu crime algum e sempre se colocou à disposição das autoridades". Para o deputado, a prisão preventiva do ex-presidente representa "um ataque direto à democracia" e a oposição vai "resistir". "Não ficaremos calados", concluiu.

Prisão preventiva do ex-presidente

Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado, 22, após cumprimento de mandado expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. No despacho, o ministro citou risco de fuga e relatou que a Corte foi informada sobre uma violação da tornozeleira eletrônica durante a madrugada. Segundo Moraes, a suposta fuga poderia ser facilitada pela vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em apoio ao pai.

Agentes da PF cumpriram a ordem judicial na residência de Bolsonaro, no condomínio Solar de Brasília. A decisão não representa o início do cumprimento de pena de reclusão.