A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas enfrenta uma grave crise financeira e tem recorrido ao tradicional “livro de ouro” — instrumento usado para arrecadar doações voluntárias entre filiados e simpatizantes — como alternativa para sanar dívidas herdadas da antiga gestão.

Segundo revelou um dirigente da atual executiva, as pendências incluem débitos com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), a Equatorial Energia, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários, além de outras obrigações acumuladas ao longo da administração anterior. Parte desses valores já começou a ser renegociada e vem sendo quitada de forma gradual.

De acordo com a fonte, a crise se agravou porque os antigos dirigentes recebiam remunerações elevadas, mesmo com o partido já atravessando dificuldades financeiras. Sem recursos suficientes em caixa para cobrir as despesas correntes e os compromissos atrasados, a nova direção decidiu apelar à colaboração direta da militância.

Apesar das contribuições arrecadadas por meio do “livro de ouro”, o montante obtido até o momento ainda é insuficiente para cobrir as dívidas mais urgentes. Diante desse cenário, há a possibilidade de o Diretório Nacional do PT intervir financeiramente para ajudar a reorganizar as contas do partido em Alagoas e restabelecer a estabilidade administrativa da legenda no estado.