Política
Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia criticam relator da PL da Anistia; 'Piada'
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o líder religioso Silas Malafaia criticaram duramente, nesta sexta-feira, 19, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), recém-nomeado relator do Projeto de Lei da Anistia na Câmara dos Deputados.
Em publicações nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, afirmou que a proposta de anistia "ampla, geral e irrestrita" não está em negociação e classificou o acordo proposto por Paulinho como "indecoroso e infame".
"Deputado Paulinho da Força, vou retribuir o conselho que me deu, sobre colocar a mão na consciência. Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame como o que está propondo", escreveu Eduardo.
O deputado ainda alertou que Paulinho corre o risco de ser visto como "colaborador do regime de exceção" do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da Ação Penal 2668, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por articular um plano para abolir o Estado Democrático de Direito.
Paulinho da Força foi nomeado relator do PL da Anistia nesta semana. Como revelou o Estadão, o parlamentar tem defendido uma mudança de enfoque no projeto, propondo redução de penas em vez de uma anistia ampla. Na quinta-feira, 18, ele se reuniu com o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Michel Temer para discutir o texto.
Também nesta sexta-feira, o pastor Silas Malafaia fez duras críticas a Paulinho e ao ex-presidente Temer, por seu suposto envolvimento na negociação da proposta.
"Só pode ser piada chamar Temer de constitucionalista. Não acredito. Quer dizer que precisa de acordo com o STF e o Executivo para uma anistia? Um pacto?... E a Constituição, senhor constitucionalista, foi jogada na lata do lixo? Uma dosagem de penas compete ao STF, não ao Congresso. Se o STF cometeu algum erro, que reduza as penas por conta da covardia, do erro e da perseguição política", disse Malafaia.
Paulinho tem afirmado que a proposta atual não se trata de uma anistia ampla, mas sim de redução de penas para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, entre eles o próprio ex-presidente Bolsonaro, que foi condenado recentemente.
Malafaia reagiu duramente à mudança da proposta. "Em 1979, houve uma anistia ampla, geral e irrestrita para a turma da esquerda, guerrilheiros, assaltantes de bancos, gente que queria dar um golpe comunista no Brasil. Foi dada uma anistia total. Agora, essa esquerda vagabunda é contra. E o senhor, um constitucionalista, falar uma asneira dessas? O Artigo 48 diz que é competência exclusiva do Congresso conceder anistia. O Congresso não tem que pedir autorização ao Executivo ou ao Judiciário", afirmou.
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