Política
'Governo está de braços abertos' para o PL, diz Randolfe Rodrigues
Líder do governo no Congresso defende que há uma ala do partido de Bolsonaro que votou favorável a temas caros ao Planalto e tem 'compromisso democrático'
Líder do governo no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) afirmou que o governo federal está de "braços abertos" para todos os partidos interessados na "obra de reconstrução nacional", inclusive o PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira.
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— Parte do PL tem votado conosco. A parte do PL que não atende ao fascismo, tem compromisso democrático e, inclusive, alinhada o ideário liberal da fundação do partido tem estado com o governo. Todos que quiserem reconstruir o Brasil depois da devastação fascista, este governo está de braços abertos — disse Randolfe.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem costurando uma minirreforma ministerial para acomodar legendas do Centrão, como PP e Republicanos, além da custosa troca no Ministério do Turismo para atender a alas do União Brasil, que já integra a base.
As mudanças miram uma maior facilidade de aprovar temas caros ao Planalto no Congresso — em votações relevantes para o governo, como a MP que oficializou o novo desenho da Esplanada, houve temor de não conseguir se formar maioria. Entre as legendas que ajudaram a aprovar as medidas, está o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, que registrou votos favoráveis ao governo em temas como a Reforma Tributária e o voto de confiança no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
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— O presidente e o governo já chancelaram a manifestação para serem incorporados ao governo, tanto o Republicanos quanto o PP, e as duas partes já manifestaram interesse em participar do governo — afirmou Randolfe.
'Investigação não é condenação'
O líder do governo no Senado ainda falou sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, que mirou supostas irregularidades na distribuição de emendas do orçamento secreto pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Randolfe disse que "não há chance" de ele sair do governo.
— Investigação não é condenação, e a Constituição assegura o princípio da individualidade da pena. Nesse momento, não tem nenhuma discussão sobre retirada do governo.
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