Política
Deputado bolsonarista diz ter pedido prisão de GDias por alteração em relatório
Cabo Gilberto Silva anunciou ação durante depoimento do general à CPI do Congresso
O deputado Cabo Gilberto (PL-PB) anunciou que a oposição pediu a prisão do general Gonçalves Dias em uma ação encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR). A declaração foi feita durante depoimento de GDias, como é conhecido o militar, à CPI do 8 de Janeiro, do Congresso.
CPI do 8 de janeiro: ex-ministro do GSI, GDias presta depoimento à comissão mista; acompanhe
CPI do 8 de Janeiro: deputado governista cita 'ingenuidade, ar de incompetência e fraqueza' de GDias durante invasão ao Planalto
– A oposição, com base no artigo 129 da Constituição Federal, através da PGR, entra com o pedido de prisão do senhor ex-ministro (do Gabinete de Segurança Institucional) general Gonçalves Dias por omissão imprópria, prevaricação, ação de ofício em interesse pessoal e obstrução de justiça quando falsificou de forma dolosa relatório enviado para essa casa.
De acordo com o deputado, o pedido foi endossado por "dezenas de parlamentares da oposição". Ele disse que "se a Justiça for correta" o general "vai ter seu pedido de prisão decretado pela Suprema Corte brasileira".
Gilberto não é integrante da CPI, mas pôde discursar após a maioria dos membros da comissão já terem usado seu tempo de fala.
O pedido de prisão de GDias já circulava entre os parlamentares da oposição antes mesmo do depoimento dele nesta quinta-feira, mas parte dos parlamentares preferiu aguardar a ida dele hoje à sessão para decidir sobre a medida.
O motivo citado pelo deputado bolsonarista para prender GDias foi mencionado por Saulo Cunha, que comandou a Agência Brasileira de Inteligência no dia 8 de janeiro, em depoimento à CPI no início de agosto, ele disse que Dias teve acesso aos alertas de segurança por mensagens no WhatsApp.
Mais cedo nesta quinta, Dias apresentou uma avaliação de que a "troca de mensagens por um aplicativo aberto e por celulares pessoais não correspondem à forma de segurança correta e institucional para transmissão de informações sensíveis".
CPI do 8 de Janeiro: ‘Não adiantava sair batendo nas pessoas’ diz Gdias ao ser confrontado com vídeo onde ele aparece no Palácio
O general reconheceu que pediu para seu nome fosse retirado de um relatório da Abin que foi enviado à Comissão Mista Controle e Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso, mas ressaltou que fez isso porque não estava no grupo de WhatsApp em que os alertas de segurança, apontados no relatório, foram enviados.
Ao falar sobre isso na comissão, o general elevou o tom de voz e demonstrou irritação:
– Não mandei ninguém adulterar documento ou retirar meu nome dos relatórios. Tão somente determinei ao senhor Saulo que organizasse as informações, que deveriam ser dadas à CCAI, dentro de uma lógica única. Os alertas de segurança enviados de fontes abertas passaram por um grupo de WhatsApp constituídos de órgãos públicos e não com meu nome. Como eu não integrava aqueles grupos, como não estava usando sequer celular público naquele momento, não constava o nome de pessoas no relatório, apenas de órgãos, apenas determinei que fossem padronizadas a fim de responder a CCAI com presteza e com a verdade.
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
4DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
5TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico