Política
Em Minas, três parlamentares do PSOL recebem ameaças de 'estupro corretivo' como 'cura lésbica'
A deputada estadual Bella Gonçalves e as vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella denunciaram mensagens com teor violento e LGBTfóbico; com a repercussão, Lourença recebeu novos ataques citando a sua filha de três anos
Desde a última semana, três parlamentares do PSOL em Minas Gerais denunciaram o recebimento de e-mails com ameaças de morte e "estupro corretivo". As mensagens de teor violento foram enviadas para as vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella e para a deputada estadual Bella Gonçalves. A Polícia Civil investiga os casos.
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O primeiro e-mail foi enviado a Bella Gonçalves no dia 8. Nesta primeira mensagem, o autor teria pedido para que ela renunciasse seu mandato e teria escrito: "Seremos breves: você é lésbica e por isso sua presença não será mais tolerada".
Na ocasião, a parlamentar havia optado por não divulgar as ameaças. A realidade mudou, no entanto, quando, junto a Iza Lourença e Cida Gonçalves, recebeu a segunda ameaça que citava o "estupro corretivo" como uma "terapia cognitiva para curar a lesbianidade". Diante do teor LGBTfóbico, as psolistas recorreram à Polícia Civil.
Após a denúncia pública, entre a última sexta-feira e esta segunda-feira, Iza Lourença recebeu novas ameaças. Desta vez com dados pessoais.
— Teve um e-mail específico sobre minha filha, descrevendo crime de estupro e assassinato. É um grupo que pesquisou sobre as nossas vidas, sabe dados pessoais. Essa ameaça personalizada mexe muito mais — disse Iza Lourença ao GLOBO.
Já para Bella Gonçalves, as ameaças tem como intuito paralisar a atividade parlamentar:
— Eles questionam justamente o lugar das mulheres na política. Fui a primeira vereadora lésbica e sou a primeira deputada lésbica. Isso tudo atrapalha o nosso trabalho, obstrui. Estava recolhendo assinaturas para uma CPI do Transporte e agora preciso repudiar a violência — afirma a deputada.
Além das autoridades policiais, as parlamentares acionaram escolta da Guarda Municipal e os Ministérios da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Igualdade Racial.
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