Política
Arthur Lira diz que PP 'pode ter um ministério', e Ciro Nogueira ameaça punir deputado da sigla que apoiar governo
Em São Paulo, os dois principais nomes do partido divergem sobre entrada no governo. Presidente da Câmara diz trabalhar para Lula 'acertar sua base'
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira que seu partido “pode ter um ministério” no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que trabalha “para que o presidente acerte sua base”. O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do partido, por outro lado, afirmou que irá punir qualquer parlamentar que assuma um cargo no governo ou que apoie Lula.
Lira disse que a reforma ministerial “depende da vontade do presidente da República”, mas afirmou que como o país vive em um sistema de presidencialismo de coalizão e o governo não elegeu maioria no Congresso, o PP pode assumir um ministério. Nos bastidores, o presidente da Câmara tem pressionado pelo Desenvolvimento Social, que poderia ficar com o deputado André Fufuca (PP-MA).
— Esperamos e trabalhamos para que o presidente acerte sua base, o quanto maior a base do governo, mais fácil fica o trabalho para o governo e mais fácil o nosso trabalho. Lógico que temos as nossas teses, nossos posicionamentos, eu sempre fui bem claro sobre quais são os limites do plenário e determinadas matérias, independente de base, terão um pouco de dificuldade na discussão. O PP pode (ter um ministro), como pode o União Brasil, o Republicanos, o PCdoB. O governo não elegeu maioria no Congresso Nacional, como é que ele vai governar? Não existe meio governo de coalizão, ou meio toma lá, dá cá. Não temos foco em canto nenhum, temos discussões, o governo pensa em ampliar a sua base, o PP é um dos partidos que podem ou não compor a base — afirmou.
Ele disse que a possibilidade de parlamentares ficarem contra o governo, ainda que o Progressistas passe a ser da base de Lula, é um “resquício da campanha eleitoral”, mas destacou que a legenda “sempre quando toma posição, toma de maneira a ter uma unidade muito forte” e que espera que isso aconteça.
Afastamento automático
Ao lado de Lira, Ciro Nogueira foi enfático ao se posicionar contra o alinhamento do partido à gestão petista.
— Já determinei que qualquer parlamentar que apoiar o governo será afastado de todas as decisões partidárias. Enquanto eu for presidente dos Progressistas, o partido jamais irá compor a base do presidente Lula. Eu sei que represento a maioria, a nossa identificação é com Tarcísio (de Freitas), com (Romeu) Zema. Nós não podemos voltar àquela prática do passado que não deu certo, de trocar cargos por apoio. Será afastado sumariamente da direção partidária --- disse.
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